O candidato a vice-presidente na chapa do PSDB, Aloysio Nunes, deu um bom exemplo de como os tucanos tratam as políticas de combate à desigualdade social e racial no Brasil. No Senado, o companheiro de chapa de Aécio Neves foi o único a votar contra a criação do sistema de cotas sociais para as universidades e escolas técnicas públicas.
O projeto de autoria da Câmara, foi votado no Senado em agosto de 2012. Na ocasião, Nunes fez um discurso emblemático para condenar o que classificou como um “bônus” às camadas sociais menos favorecidas. O senador argumentou ainda que o sistema de cotas iria ferir “a autonomia das universidades”.
A lei de cotas assegura que, pelo menos, 50% das vagas sejam reservadas a estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública.
O sistema aprovado pelo Parlamento e sancionado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, estabelece que sejam considerados critérios de renda familiar e étnicos-raciais para a classificação dos candidatos.
As cotas são distribuídas entre negros, pardos e indígenas, de forma proporcional à população em cada estado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O restante, pelo menos 25%, são destinadas a alunos de baixa-renda, que tenham estudado em escolas públicas.
Vice de Aécio votou no Senado contra cotas
Aloysio Nunes foi o único senador que se opôs ao projeto de lei
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias