Partido dos Trabalhadores

Vice de Bolsonaro acha absurdo salário “baixo” do presidente

General Hamilton Mourão (PRTB) diz que o que se paga ao cargo máximo do Executivo é uma “palhaçada” e defende aumento. “Tinha que ser uns R$ 100 mil”

Reprodução

General Mourão é contra os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil

Em palestra no Clube Militar, entidade que presidiu até ser lançado candidato a vice-presidente, nesta quarta-feira (31) no Rio de Janeiro, o general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), disse que o que se paga a um presidente no Brasil é uma “palhaçada” e defendeu um novo patamar de salário para o cargo.

Hoje, os vencimentos do cargo máximo do Executivo é de  R$ 27.841,33 mensais. O valor, no entanto, é irrisório se comparado aos gastos adicionais que o presidente tem à sua disposição. O golpista Temer, por exemplo, abriu licitação ano passado para usar os cofres públicos para gastar R$ 1,75 milhão em comida somente para viagens de aviões.

“O salário do presidente, para mim, é uma palhaçada. Quanto ganha o melhor executivo por aí? Ganha R$ 100 mil por mês? O presidente deveria ganhar R$ 100 mil por mês. Agora, banca tudo. O que acontece hoje é que ele não paga nada. Você vai ter que ir no mercado, fazer as compras da sua casa”, afirmou na palestra, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

O militar, que foi censurado por Bolsonaro durante a campanha por “dizer o que penso”, diz ser contra a indicação do senador Magno Malta (PR/ES) para um cargo no governo, se referindo ao aliado como um “elefante no meio da sala”.

“Olha, eu não vi nada para o Magno Malta. Eu acho que ainda estão discutindo. Tem que resolver esse caso. É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, e tem que arrumar um deserto para esse camelo.”

Em um agrado aos amigos de Clube, na maioria militares da reserva, Mourão disse que eles não devem ser atingidos na Reforma da Previdência, uma das principais bandeiras de Bolsonaro, que está sendo tratada com urgência pelo futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes.

“Os militares não estão abrangidos nesta reforma. Eles não estão neste pacote. Esse pacote mantém como está. Não vai mexer nele. A posteriori, é isso que é, vamos ajustar o motor do avião com ele voando.”

Da Revista Forum