A Vigília Lula Livre recebeu nesta quarta-feira (8) um grupo de médicos que defendem a libertação do ex-presidente, preso político há 124 dias na sede da Polícia Federal. Dez médicos já estão em Curitiba e outros 30 chegam nessa quinta-feira (9) para levar o apoio a Lula e denunciar o desmonte do SUS pelo governo golpista. “Lutamos pela soberania popular, que passa pela liberdade do Lula, porque ele é um perseguido político”, afirma Valéria Guerra Mendes.
Os médicos que visitam a Vigília vêm de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará. Eles integram os grupos Médicos pela Democracia e a Rede Nacional de Médicos Populares.
“Estamos aqui em defesa do SUS, que é muito importante para toda a população, mesmo para aqueles que têm plano de saúde, que não cobrem os procedimentos de alta complexidade atendidos pelo SUS”, diz Valéria.
O grupo denuncia os ataques do governo golpista ao Sistema Único de Saúde. O principal é a Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os gastos públicos federais com saúde. “Depois dessa Emenda, o pior é o chamado novo sistema de saúde, que é só para quem tem dinheiro e pode pagar planos de saúde. Isso é a mercantilização da saúde da população”, opina Valéria.
Outro ataque ao SUS é a desvinculação de recursos para a saúde repassados pelo governo federal a Estados e municípios, aponta Valéria. “Isso é grave porque você pode sair do modelo de prevenção para o modelo hospitalar. Dessa forma o gestor que quiser usar o recurso de forma clientelista e oportunista vai ter liberdade para fazer”, analisa.
As políticas de saúde mental são outro alvo dos golpistas. “Nós temos uma construção de décadas no Brasil, que é a política de tratamento inclusiva socialmente e humanizada. Eles publicaram uma portaria alterando todo o foco para um tratamento de exclusão e isolamento”, afirma Valéria.
Apenas Lula pode liderar a revisão dos desmandos do governo ilegítimo, diz Valéria. “Só com Lula para a gente conseguir retomar um caminho de bem estar social para todos e todas”, constata.
Por Luis Lomba, da Agência PT de Notícias