Partido dos Trabalhadores

Vitória dos trabalhadores: Petrobras dá início à reativação da Fafen-PR

Foi anunciado investimento de R$ 1,2 bi para procedimentos necessários à retomada da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, e trabalhadores poderão ser recontratados

Fafen-PR/Divulgação

Reativação da fábrica vai contribuir para a soberania nacional na produção de fertilizantes

A Petrobras deu um passo importante para garantir mais investimentos e empregos no Brasil. A Diretoria Executiva da empresa aprovou, na quinta-feira (6), investimento de R$ 1,2 bilhão para o início imediato dos procedimentos necessários à retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), localizada em Araucária. A fábrica está hibernada desde 2020, quando foi incluída no projeto de privatização e entreguismo do governo passado.

Com a decisão, a Petrobras autoriza também que a fábrica celebre acordo e efetue a contratação dos antigos empregados, condicionada à homologação do acordo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A expectativa é que sejam gerados mil empregos diretos e 3 mil indiretos. A retomada das operações está prevista o segundo semestre de 2025.

A Fafen-PR tem capacidade instalada para a produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m³/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), produto utilizado em veículos a diesel para reduzir as emissões de poluentes. 

A Petrobras informou que, diante da revisão das diretrizes estratégicas da companhia aprovadas no ano passado, o investimento na produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da empresa, conforme plano Estratégico 2024 – 2028+. O retorno das operações vai contribuir significativamente para a soberania nacional na fabricação do produto e, por consequência, na segurança alimentar.

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), comemorou a decisão da Petrobras. Para ela, é uma vitória da luta dos petroleiros e petroquímicos, organizados na Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados, que jamais aceitaram o fechamento de uma fábrica tão importante para o desenvolvimento do país.

“A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (FAFEN-PR) será reaberta! A Petrobrás acabou de anunciar 1,2 bilhão de reais em investimentos para a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, a FAFEN-PR, em Araucária. Isso gerará milhares de empregos e voltaremos a produzir fertilizantes para a nossa agricultura aqui, no Paraná! Trabalhamos muito com os companheiros petroleiros e petroquímicos, e com o presidente Lula finalmente temos essa grande conquista. Viva a FAFEN!”, disse a deputada, na rede social X.

Gleisi também falou sobre o assunto em um vídeo, divulgado pelo perfil do PT Brasil na rede social X. “Você acompanhou comigo essa luta durante anos pela reabertura da fábrica. E, agora, com o presidente Lula, de novo, tivemos a confirmação dessa importante vitória. Vamos recuperar milhares de empregos e voltar a produzir importantes insumos para a agricultura do nosso estado e do Brasil”, afirmou.

A decisão da Petrobras foi igualmente motivo de comemoração na FUP. “Vitória da categoria petroleira: Petrobrás anuncia reabertura da FAFEN-PR. Luta dá seus frutos e estatal anuncia oficialmente a reativação da fábrica hibernada pelo governo de Jair Bolsonaro; previsão é de retomada no segundo semestre de 2025”, declarou, nas redes sociais.

Já Ademir Silva, conhecido na categoria como Mãozinha, diretor do Sindiquímica PR e da FUP, disse que essa “é uma vitória da luta dos trabalhadores, que resistimos, não desistimos e fomos atrás da nossa dignidade e nossos direitos, demonstrando que a luta sempre vale a pena”.

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“Essa é uma vitória para o Sistema Petrobrás, para o Brasil, voltar para o setor de fertilizantes é um grande passo para o fortalecimento da Petrobrás e da nossa soberania alimentar”, acrescentou.

O dirigente destacou também a importância da articulação política para atingir o objetivo: “Além de nossa luta incansável, foi muito importante a disposição da gestão do governo do presidente Lula, de diretores da Petrobrás, que se mostraram favoráveis à ideia de reabrir a fábrica e à intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT)”.

Da Redação