Militante histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) e ativista dos Direitos Humanos, Perly Cipriano tenta se eleger prefeito de Vitória (ES) para reimplantar a participação popular nas decisões do governo e, assim, melhorar a representatividade e melhorias exigidas por diferentes segmentos da população.
Uma das prioridades que constam no plano de governo é a retomada do Orçamento Participativo, que existiu na cidade durante a gestão do também petista João Coser (2005 – 2012), mas foi descontinuado pelo atual mandatário Luciano Rezende (PPS). “Precisamos de relacionamento com as pessoas. Não se governa para cimento, nem asfalto. Uma cidade acolhedora é o onde o cidadão participa das decisões do governo”, acredita o candidato.
“Precisamos de relacionamento com as pessoas. Não se governa para cimento, nem asfalto. Uma cidade acolhedora é o onde o cidadão participa das decisões do governo”
Perly Cipriano quer também que a população seja incentivada a usar com mais frequência equipamentos esportivos e culturais hoje ociosos, como o teatro Carmélia Maria de Souza, o ginásio conhecido como Tancredão e o Sambódromo da cidade. A proposta é adequar a cidade com os mais diferentes segmentos como população idosa e LGBT. “Acessibilidade não é só rampa, passa por uma série de políticas públicas para que o espaço público seja, de fato, um direito de todos. Hoje um cadeirante dificilmente tem condições de ir para a praia”, exemplifica.
Acessibilidade não é só rampa, passa por uma série de políticas públicas para que o espaço público seja, de fato, um direito de todos
Além de debater formas de atrair investimento e mais dinamismo econômico para Vitória, há interesse do candidato na criação de um Consórcio entre as cidades da região metropolitana, para assuntos de interesse mútuo. “Nenhum dos nossos problemas aqui se resolve sem o debate metropolitano. Para reduzir as diferenças regionais temos que chamar as cidades vizinhas para dialogar”, disse ele que aponta questões como transporte público e poluição como temas prioritários.
Como capital do Estado, Vitória concentra diferentes serviços públicos e o funcionalismo – e também uma boa qualidade de vida – para 350 mil habitantes, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Ao redor, estão Vila Velha, Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra e Viana. Todas as cidades somam quase dois milhões de moradores.
História no partido
O candidato petista à prefeitura de Vitória se orgulha do currículo e acredita que as experiências na vida pública certamente vão agradar o eleitorado. Além de vereador e deputado estadual, ele foi titular da Subsecretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assumiu a Subsecretaria de Direitos Humanos no Espírito Santo. “Tenho experiência nos três níveis de poder que me deram uma boa bagagem, mas sempre pondo à frente as vontades populares”.
Dois nomes de peso do PT ajudam Perly Cipriano na corrida pelo cargo de prefeito de Vitória: o ex-prefeito João Coser e a ex-ministra e ex-deputada federal Iriny Lopes (PT-ES). “O João tem andado comigo nas feiras e falado com a população sobre o nosso projeto e a Iriny coordena minha campanha. Acho importante que a minha candidatura tem apoio das mais diferentes correntes do partido, além de estar trazendo mais gente como movimentos sociais e sindicatos”, disse. Além disso, a chapa pura com a professora aposentada Izabel Lima também leva união ao diretório municipal, acredita o petista.
Apesar do afastamento da presidente Dilma Rousseff e os ataques sistemáticos que o PT tem sofrido, Perly Cipriano tem pautado a defesa do Estado Democrático de Direito durante as conversas com eleitores nas ruas e no horário político. “Faço defesa da esquerda, socialismo e democracia. Vou defender as conquistas da classe trabalhadora, sempre batendo na questão do ‘Fora, Temer’”, conta. O político é um dos primeiros filiados do PT e diz ter conhecido Lula em 1979, quando era preso político e estava detido por ações contra a Ditadura militar.
Da Redação da Agência PT de Notícias