O bom dia ao presidente Lula e o ato inicial na Vigília Lula Livre deste sábado (21) ficou por conta das centenas de homens e mulheres que seguem em vigília, no acampamento e por toda Curitiba, por sua defesa e em denúncia de sua prisão política.
Depois da já tradicional saudação matinal ao presidente, aconteceram as boas vindas ao pessoal recém chegado à Vigília, em ônibus que saíram de Bauru, Osasco, Mogi das Cruzes, São José do Rio Preto, Cotia, Bragança Paulista, São José dos Campos, Taubaté e São Paulo. “Tem ônibus que chegou também de Florianópolis, Cascavel, Foz do Iguaçu e da Zona da Mata, em Minas Gerais”, disse Teresa Lemos, da coordenação da Vigíllia.
Um das falas mais empolgantes desta manhã foi a da advogada e pastora Maria Aparecida Vieira Lima. Ela conclamou o povo evangélico a resistir às injustiças contra Lula. “Agora é o momento de se erguer e ir para a luta”, disse. Dirigindo-se a Lula, ela afirmou que o presidente deve ter dormido bem, pois é inocente. “Ao contrário, quem te condenou não dormiu em paz hoje. A mídia tem insuflado o ódio em nosso País, mas a vitória será nossa”, afirmou.
Diego Carvalho representa o movimento LGBT de São Paulo e está indignado com a ousadia dos golpistas. “O jogo está dado. Temos um bando de moleques querendo ditar os rumos do Brasil, mas se hoje somos mil, amanhã seremos milhões e iremos seguros para as urnas eleger Lula presidente”, disse.
Carvalho conclamou os que têm senso de justiça a protestarem contra o arbítrio judicial em suas cidades. “O cara que construiu um Brasil para todos está atrás das grades, quando deveria estar com a gente. Seguimos em luta. Sem Lula a eleição é fraude. Meninos mimados não vão conduzir a nação tranquilamente enquanto estivermos nas ruas”, afirmou.
Ricardo Sampaio Gonçalves veio de São Paulo e defendeu a importância de abrir o debate para incluir setores da sociedade ainda distantes da luta para libertar Lula. “Esse golpe não fere só o presidente Lula. Fere toda a nação, o futuro de nossos filhos e netos”, disse. Ele se formou advogado graças ao apoio dos governos do PT e quer que mais gente humilde tenha acesso ao ensino superior.
Após o almoço, a filósofa Márcia Tiburi participou de um ato na esquina Olga Benário, onde, em discurso aos acampados, lembrou da necessidade de manter viva a memória e a luta por aqueles que tentam calar, como a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), o ex-presidente Lula e os professores de Curitiba, que foram agredidos pela Polícia Militar do Paraná, comandada pelo então governador Beto Richa. “É preciso erguer este país por outro caminho, com muito respeito às liberdades individuais e à Constituição”, disse a filósofa.
Da Redação da Agência PT de Notícias, de Curitiba