O ator Wagner Moura criticou, em artigo publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, nesta quarta-feira (30), a perseguição judicial contra a presidenta Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Sob o título “Pela legalidade”, Moura cita erros dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, mas lembra que foram os governos que tiraram milhões da miséria e deram “oportunidades nunca antes vistas para os pobres no País”. Ele também pede respeito pela democracia e pela decisão popular nas urnas.
“É uma tentativa revanchista de antecipar 2018 e derrubar na marra, via Judiciário politizado, um governo eleito por 54 milhões de votos. Um golpe clássico”, afirma.
Ele lembra que o discurso de ódio ao PT é semelhante a de momentos totalitários da história da humanidade. “Arrepio-me sempre que escuto alguém dizer que precisamos ‘limpar’ o Brasil. A ideia estúpida de que, ‘limpando’ o País de um partido político, a corrupção acabará remete-me a outras faxinas horrendas que aconteceram ao longo da história do mundo. Em comum, o fato de todos os higienizadores se considerarem acima da lei por fazerem parte de uma ‘nobre cruzada pela moralidade’”.
Moura diz que o nome da presidenta não consta na lista, “agora sigilosa”, da Odebrecht, ao contrário de muitos que querem seu afastamento e que um impeachment sem crime de responsabilidade provado contra a presidente “é inconstitucional”.
“E se você também achar que há algo de tendencioso no reino das investigações, não significa que você necessariamente seja governista, muito menos apoiador de corruptos”
O ator termina o artigo afirmando que não é necessário ser defensor do governo para desconfiar das verdadeiras intenções das investigações judiciais. “E se você também achar que há algo de tendencioso no reino das investigações, não significa que você necessariamente seja governista, muito menos apoiador de corruptos. Embora a TV não mostre, há muitos fazendo a mesma pergunta que você”
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S.Paulo