O filme Marighella, do ator e diretor Wagner Moura, foi apresentado na 13.ª edição do Lisbon & Sintra Film Festival em uma sessão que teve ingressos esgotados com quase uma semana de antecedência.
Ainda sem data de lançamento no Brasil, onde teve sua estreia cancelada, o filme ganhou uma sessão extra, no dia 24, em Lisboa.
Em debate após a exibição, Wagner Moura, diretor da produção, disse ser vítima de censura. “A censura no Brasil hoje é um fato. Interditaram a cultura”, afirmou.
Durante o debate ele também falou sobre Lula:
“Lula na rua, falando com as pessoas, viajando o Brasil muda tudo, mas ele deveria estar solto pelos motivos certos, não apenas porque não foi julgado pelo STF, e sim porque foi preso em um julgamento canalha. Ele é um dos maiores personagens da história do Brasil e não conseguirão a apagá-lo da história brasileira como fizeram com Marighella. O que ele fez está aí, para todo mundo ver. Não será preciso fazer um filme para lembrar o povo disso. Ele está na vida das pessoas, nas redes sociais etc.”
A exibição deste domingo teve na plateia o ex-presidente do Equador Rafael Correa, a quem Wagner Moura dedicou a apresentação.
Em nota, a O2 Filmes afirmou que os produtores “não conseguiram cumprir a tempo os trâmites exigidos pela Ancine (Agência Nacional do Cinema)”.