Desde seu início, o desgoverno golpista de Michel Temer tem se empenhado na total destruição dos direitos sociais, garantidos pela Constituição Cidadã de 1988.
A PEC do Teto, que estabece limites para os investimentos em saúde e educação, por exemplo, a reforma trabalhista, que na prática anula a CLT ao fazer prevalecer o acordado sobre o legislado, o PL das Terceirizações, que precariza as relações de trabalho ao estender as terceirizações a todas as atividades, e a reforma da Previdência, que irá extinguir o direito à aposentadoria (não é exagero), colocam a conta da crise para que o trabalhador pague.
O Brasil vive um retrocesso histórico. As conquistas dos mais pobres estão em risco. Segundo pesquisa recente do Banco Mundial, órgão com nenhuma suspeita de parcialidade à esquerda ou de simpatia com o petismo, a crise econômica pode levar 3,6 milhões de pessoas à pobreza.
Não é novidade. Onde o projeto neoliberal é aplicado, o resultado é a concentração de renda e, portanto, o aumento das desigualdades sociais. O capitalismo predatório penaliza os menos favorecidos para garantir os lucros dos mercados.
Em meio a esse cenário, é preciso que se reafirme que a saída para a crise é pela esquerda, que reformas precisam ser feitas como mecanismo de retomada do projeto de inclusão social implementado nos governos Lula e Dilma.
Além dos necessários aumentos acima da inflação do salário mínimo e do Bolsa Família, é preciso que as reformas agrária e tributária estejam em pauta.
Só assim, com inclusão social e distribuição de renda, o Brasil sairá da crise.
Por Yagoo Moura, 17 anos, estudante, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.