O período 2003 – 2014 foi excepcional na história brasileira. Uma combinação de normalidade democrática, crescimento econômico e políticas de inclusão social permitiu aos brasileiros experimentarem um outro país.
A partir de 2015, com a crise econômica e o seu agravamento, fruto da sabotagem da oposição derrotada nas urnas em 2014 e de alguns “aliados”, o país entrou em um período de obscurantismo. Em 2016, 54 milhões de votos foram rasgados em um golpe parlamentar/midiático que apeou do poder a presidenta eleita Dilma Rousseff.
A promessa de melhora da economia, após quase 1 ano do novo governo, não veio, o que prova que o problema não era a presidenta Dilma ou o Partido dos Trabalhadores. Além disso, um pacote de supressão dos direitos sociais começou a ser aprovado com a PEC 55 e ainda estão a caminho as contrarreformas da Previdência e trabalhista, que punem o trabalhador pela crise alimentada por quem hoje é governo.
Diante de tal cenário, é uma obrigação das esquerdas apresentarem um projeto alternativo e capaz de unificar os setores progressistas da sociedade. Para representar este projeto, ninguém melhor do que o primeiro operário a presidir o Brasil, o retirante nordestino que tirou da miséria 40 milhões de brasileiros; ninguém melhor do que Lula.
Obviamente, há uma ofensiva em curso visando criminalizar o ex-presidente e inviabilizar sua candidatura, trata-se de um linchamento público para destruir a imagem de um homem que deixou o governo com mais de 80% de aprovação popular.
A resposta deve ser dada com o lançamento imediato da candidatura de Lula à Presidência e com a apresentação de um programa alternativo de combate à crise, sem a penalização daqueles que justamente são os mais afetados pela recessão e pelo desemprego.
Assim como em 2002, é necessário mostrar que a esperança pode vencer o medo.
Por Yagoo Moura, 17 anos, estudante, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.