A atual administração da Petrobras pode levar ao fim da empresa, afirmou José Maria Rangel, presidente da Federação Única dos Petroleiros. Para Maria, a gestão de Pedro Parente, nomeado pelo presidente golpista Michel Temer (PMDB). já reduziu os investimentos em 32%. Além disso, levou à depreciação e venda dos ativos da estatal.
A declaração foi feita no seminário “O que a Lava Jato tem feito pelo Brasil”, promovida pelo Partido dos Trabalhadores na sexta-feira (24), em São Paulo.
A Petrobras também perde com o fim dos empregos na cadeia de óleo e gás, causado pelo fim da política de conteúdo nacional. Zé Maria apresentou números do impacto da Operação Lava-Jato na empresa. Foram ao menos 2 milhões de postos de trabalho ceifados, e R$ 10 bilhões em royalties que deixaram de ir para a economia das cidades.
O sindicalista apresentou números concretos de como a Petrobras cresceu e se fortaleceu nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita Dilma Rousseff.
“Lula recuperou a indústria naval e a engenharia brasileira”, diz. Na era de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a engenharia nacional desapareceu. Além disso, grandes descobertas da era Lula, como a do pré-sal, só foram possíveis porque o País um presidente preocupado com o desenvolvimento nacional, avalia Zé Maria.
Entre 2002 e 2013, o número de trabalhadores passou de 117 mil para 450 mil. Já o investimento em pesquisa e desenvolvimento, por exemplo, foi de R$ 147 milhões para mais de R$ 1 bilhão. “Se a Lava-Jato fosse só pra combater a corrupção, nós aplaudiríamos. Mas o que acontece é uma operação deliberada para quebrar a maior empresa do país”, disse ele.
Segundo ele, o golpe contra a democracia brasileira e contra a presidenta Dilma não foi dado pelos erros, mas sim pelos acertos do Partido dos Trabalhadores.
“O golpe foi dado porque um presidente líder sindical ousou fazer que seu povo fosse feliz”, disse. “Temos tudo para recuperar essa alegria do povo brasileiro e para reconstruir a nossa indústria, a ser aquele país de que todos nós nos orgulhávamos”, afirma. E o caminho, segundo ele, é Lula ser eleito presidente em 2018.
Da Redação da Agência PT de Notícias