O novo presidente do PT do Tocantins, o deputado estadual Zé Roberto, vai focar na organização interna da legenda e na atuação mais próxima dos trabalhadores do campo e da cidade. “Nós estamos nos organizando para poder interferir bastante na luta política do nosso estado, tanto nas reivindicações sociais, como nas eleições”, afirmou.
O trabalho será realizado em torno de filiação de novos militantes, finanças e formação. “Esses três formam o tripé que acreditamos como nosso grande desafio. No Tocantins, o processo de eleição foi bastante rico em debates. E o Congresso do PT tomou algumas decisões que orientam a nossa atuação aqui”, contou Zé Roberto.
O primeiro eixo é a organização da parte burocrática e das finanças. O novo presidente estadual ressalta que há cerca de 4 mil pessoas esperando para se filiar ao PT no estado, mas ainda não conseguiram por entraves burocráticos. “Algumas estão na fila há 10 anos para serem filiadas e nunca conseguiram. Essa situação a gente precisa resolver”, disse.
Sobre finanças, a questão é organizar as contribuições. “A maioria dos diretórios não consegue concluir as filiações. Precisamos realizar campanha para que partido tenha condições de fazer suas políticas com independência”, comentou.
Em relação à formação política, Zé Roberto propõe que os militantes da capital e do interior procurem compreender como a sociedade funciona, como são as relações sociais, as relações de poder, as relações econômicas, como as decisões são tomadas.
Trajetória e metas
Engenheiro florestal de formação, Zé Roberto já trabalhou no Ibama e no Incra, além do Instituto do Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins e da Secretaria de Planejamento do Estado. Eleito deputado estadual pela primeira vez em 2010, ele assumiu em 2011 e retornou para um segundo mandato após o pleito de 2014.
Filiado ao PT desde 1981, elogiou a escolha de Gleisi Hoffmann para a presidência do partido no 6º Congresso nacional do PT, destacando seu trabalho de resistência ao golpe e de combate às medidas adotadas pelo governo golpista. “A companheira Gleisi tem demonstrado capacidade de organizar o partido. Estamos confiantes de que faremos, juntos, um mandato que retoma muito das nossas tradições e dá a orientação política que precisamos”.
No Tocantins, Zé Roberto dará ênfase à luta contra o golpe, em conjunto com os trabalhadores, e na reorganização para disputa eleitoral de 2018. “Nossa militância política deve se aproximar mais das organizações políticas dos trabalhadores, dos sindicatos. Temos que participar mais ativamente da luta conta Temer e esse governo golpista”.
A primeira reunião do diretório estadual decidiu que o partido terá uma chapa de deputado estadual, uma chapa de deputado federal e escolherá também um candidato na chapa majoritária. “Nós ajudamos a eleger o governo atual do estado (PMDB), mas o Congresso decidiu que vamos sair do governo, entregar os cargos”, explicou.
A meta é ter até novembro todos os diretórios com todas as filiações e contribuições organizadas e a chapa de deputado federal e estadual já encaminhada “para que a gente possa atuar na eleição, voltar a eleger o presidente Lula, e também atuar nas ruas” afirmou Zé Roberto.
Da redação da Agência PT de notícias