Sérgio Moro avança na transferência de sua ‘República de Curitiba’ para a capital federal. O superministro de Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (20) a escalação de Erika Marena, responsável pela desastrada operação na UFSC que levou ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier.
Ela vai chefiar o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativo e Cooperação Internacional), um dos setores mais importantes do Ministério da Justiça.
A Operação Ouvidos Moucos investigava um suposto desvio de verba na universidade. Na época, Marena mandou prender o ex-reitor, que cometeu suicídio após intensa exposição na mídia e de ser impedido de continuar atuando no cargo. A participação dele no suposto esquema jamais foi comprovada – sequer há denúncia de qualquer acusado no MPF. Para fugir da polêmica, Marena foi transferida para o Sergipe.
Moro reconheceu que a morte de Cancellier foi uma “tragédia”, mas defendeu que a colega não tem qualquer responsabilidade sobre o caso. “A delegada tem minha plena confiança.”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
Também foi anunciado por Moro que Maurício Valeixo, atual chefe da Polícia Federal no Paraná, será o diretor-geral da instituição a partir do ano que vem. Ele já atuou como adido (representante diplomático máximo) da polícia em Washington, sede do governo dos Estados Unidos. Também coordenou a prisão de Lula.
Mais Temer no governo
Tem razão de ser o clima de amizade de Moro com Raul Jungmann. O ex-juiz mostra disposição em manter os nomeados do ministro de Temer em sua gestão. Fica no cargo o secretário de Justiça, Luiz Pontel de Souza, nomeado no início do ano por Jungmann. Também oriundo da PF, ele será o número 2 de Sergio Moro.
Da Redação Agência PT de Notícias