A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, nesta quarta-feira, 31/3, duas sessões extraordinárias para votar o projeto de resolução que reconhece o assédio sexual contra a deputada Isa Penna (PSOL), mas passa a mão na cabeça do autor da importunação, Fernando Cury (Cidadania), com uma leve suspensão de menos de 120 dias.
Uma nova sessão extraordinária foi marcada para esta quinta-feira, 1/4, às 11h, e as deputadas e os deputados do PT estão mobilizados no sentido de aprovar pena severa como punição ao ato praticado por Cury.
“A Alesp não pode naturalizar um ato gravíssimo como o que cometeu o deputado Fernando Cury contra a deputada Isa Penna. A punição deve ser exemplar, pois a Assembleia ficará marcada pela sua decisão”, alertou o deputado Teonilio Barba.
A deputada Márcia Lia, cobrando uma punição à altura da gravidade do assédio que a Isa Penna sofreu, lembrou que o caso está sendo acompanhado por todos os municípios do Estado.
Dirigindo-se ao deputado Fernando Cury, a líder do PT, Professora Bebel, afirmou que não se trata de um erro, se trata de um crime que se enquara nas manifestações de machismo e de violência contra a mulher.
Por intermédio de uma questão de ordem, a líder Professora Bebel denunciou a presidência da Assembleia Legislativa por violação de dispositivos do Regimento Interno, inclusive por não aceitar a manifestação do conjunto dos parlamentares por meio de emendas ao PR 8/2021,
A posição da Casa foi questionada por Emidio de Souza (PT) na Justiça, que negou liminar ao mandado de segurança proposto no dia de ontem, mas a bancada do PT insistiu na possibilidade de apresentar emendas com punição mais rigorosa.
Assista ao pronunciamento da líder do PT, deputada Professora Bebel.