Tem 27 dias que o (des)governo assumiu o comando do País e o noticiário já está repleto de casos de corrupção com diversas provas, desmonte de políticas públicas e completa ineficiência em melhorar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Sendo assim, resta a turma de Jair Bolsonaro fazer a única coisa que sabe: fake news!
O mais novo absurdo do submundo das notícias falsas da extrema direita é dizer que Dilma Rousseff reestatizou a Vale S.A, empresa responsável pelo crime ambiental, desta sexta-feira (25), em Brumadinho-MG. Dilma e o PT NÃO reestatizaram a empresa e até faz sentido esse desespero do desgoverno. Afinal, Bolsonaro sempre foi contra a fiscalização ambiental e, além de ter um ministro do Meio Ambiente ligado às empresas de mineração, condenado por improbidade administrativa, disse que licenças ambientais atrapalham, conforme noticiou a Folha de S.Paulo.
A verdade é que , fundada por Getúlio Vargas, a Companhia Vale do Rio Doce era, nos anos 1990, um conjunto de 27 empresas, cujas atividades iam da prospecção do subsolo, extração e processamento de minérios, transporte ferroviário, até sofisticadas atividades de química fina.
A empresa, quando era estatal, tinha inúmeros projetos culturais, sociais e comunitários em todo o Brasil. Entre os anos de 1942 e 1997 – período em que pertenceu ao Estado brasileiro – nunca houve desastre ambiental que chegasse perto dos de Mariana e Brumadinho. Mas aí veio a política de privatizações de Fernando Henrique Cardoso (FHC). O governo do tucano entregou a empresa brasileira, em 6 de maio de 1997, por R$ 3,3 bilhões, um verdadeiro crime de lesa pátria ao patrimônio público.
O valor, para se ter uma ideia, é inferior aos R$ 6 bilhões que a justiça bloqueou da Vale S.A, já como empresa privada, por conta do crime ambiental em Brumadinho. O atual presidente da empresa é Fabio Schvartsman, que como se sabe, não tem nenhum ligação com o Partido dos Trabalhadores.
Decreto do FGTS
Os grupos da direita também disseminaram fake news para atacar Dilmar distorcendo a finalidade de um decreto que ela editou em 2015 para beneficiar vítimas de tragédias socioambientais. O decreto 8.572/2015 foi editado no dia 15 de novembro de 2015, 10 dias após o desastre ocasionado pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG), e incluiu esse tipo de situação como uma das condições que autoriza a liberação dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
No Twitter, a ex-presidenta criticou a ação da direita nas redes. “A má-fé dos que espalham fake news continua a mil, mesmo diante da tragédia de Brumadinho. Em 2015, assinei decreto que considera natural desastres como rompimento de barragens. Isso foi para permitir àqueles atingidos sacar o FGTS para reconstruir suas vidas”, escreveu Dilma.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), também fez um alerta sobre a mentira. “A fábrica de #fakenews da direita está querendo atacar a presidenta Dilma Rousseff no caso da barragem de Brumadinho com um decreto que BENEFICIA as vítimas desse tipo de acidente ao facilitar o acesso aos recursos do FGTS”, publicou o parlamentar.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara, Folha de S.Paulo e G1