Responsável por divulgar fake news nas eleições ganha cargo de Bolsonaro

Funcionária da agência envolvida no esquema de disseminação de notícias falsas foi nomeada para cargo comissionado na Secretaria-Geral da Presidência

Se o crime não compensa, talvez a mentira compense. Essa parece ser a lógica de nomeação de Jair Bolsonaro (PSL) para o seu desgoverno. A funcionária da agência de comunicação envolvida no esquema de disparos em massa de fake news no WhatsApp para a campanha presidencial ganhou um cargo comissionado na Secretaria-Geral da Presidência.

Taíse de Almeida Feijó vai despachar a poucos metros de Bolsonaro e, segundo a Folha de S.Paulo, vai receber um salário  R$ 10,3 mil por mês. Ela será assessora do gabinete do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno. A nomeação de Taíse consta no Diário Oficial da União de segunda-feira (14).

A nomeada trabalhou na agência de comunicação AM4 Inteligência Digital, que foi contratada pelo PSL na campanha de Jair Bolsonaro. À Folha, a empresa informou que Taíse era a funcionária responsável pela contratação de mensagens enviadas por meio do WhtasApp.

Após o primeiro turno das Eleições 2018, o jornal revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de notícias falsas contra o PT no WhatsApp. A prática é proibida pela legislação eleitoral e pode ser enquadrada como doação ilegal. A Polícia Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigam o caso.

O portal UOL teve acesso, à época, aos registro da AM4 no serviços de mensagens Bulk Servires, oferecido pela agência Yacows. Segundo a reportagem, os dados do sistema utilizado pela Yacows e pela AM4 mostraram que o conteúdo de mensagens enviadas para a campanha de Jair Bolsonaro foi deletado horas depois da Folha publicar a reportagem sobre o esquema.

Segundo a AM4, uma das mensagens apagadas tratava de pedidos de doação para a campanha de Bolsonaro. O login de usuário para as ações da campanha estavam em nome de Taíse, que atuou como gerente de projetos da AM4 por pelo menos oito anos. Uma das listas de contatos apagadas contabilizava pouco mais de 8 mil número de telefones.

Taíse não é a primeira funcionária da agência a ser recompensada com cargo por Bolsonaro. Marcos Aurélio Carvalho, um dos sócios da AM4, foi nomeado em novembro para integrar a equipe de transição.

 Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S.Paulo

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