A pressão dos movimentos, artistas, curadores e pessoas do meio cultural surtiu efeito e a condução coercitiva de Gaudêncio Fidélis, curador da mostra Queermuseu cancelada no Santander Cultural, foi suspensa.
Após a enorme perseguição à Queermuseu, o curador da exposição, foi convocado pelo senador Magno Malta (PR-ES) para depor coercitivamente no Senado. A “caça” ao curador começou quando setores conservadores se opuseram a exibição da exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, no Santander Cultural de Porto Alegre, alegando apologia à pedofilia, zoofilia e a desrespeito à símbolos religiosos.
Na avaliação do Secretário do Setorial nacional de Cultura do PT, Márcio Tavares, a suspensão é fruto de muita luta e mobilização do segmento.
“Foram dias de muita mobilização contra a censura e a criminalização da arte e da cultura. Fizemos movimentações no Senado com ajuda da liderança e dos nossos senadores. Fomos exitosos e a condução coercitiva do Gaudêncio foi cancelada. Vamos manter a serenidade e o espírito de luta”, afirmou o secretário.
Márcio Tavares lembrou que a luta do segmento resultou no apoio de vários parlamentares da Câmara e do Senado. Além disso, o grupo se reuniu com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Débora Duprah, e com o ex-PGR Rodrigo Janot, que também intercedeu a favor.
Gaudêncio Fidélis comparecerá espontaneamente à próxima sessão, na quinta-feira (23). Para Márcio, é preciso manter a “mobilização e união”.
No ofício endereçado ao desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o presidente da CPI dos Maus Tratos, senador Magno Malta, destaca a disposição de Fidélis em comparecer espontaneamente à CPI.
Da Redação da Agência PT de Notícias