Lembro como se fosse hoje do dia em que me filiei ao Partido dos Trabalhadores, em 10 de abril de 1992. Foi um ano depois de terminar a faculdade de Pedagogia.
À época, aos 21 anos de idade, eu me perguntava qual partido escolheria. Eu sabia que tinha de ser um partido que não fosse de ricos, um partido com o qual eu me identificasse como trabalhadora. Então, o PT se destacou, naquela luta contra a ditadura militar, num período ainda recente da nova Constituição Cidadã.
Eu já estava trabalhando como professora e percebia o quanto a educação era precária, não tinha escola suficiente, nem o básico.
No fórum municipal em defesa da escola pública de Chapecó, que eu integrava, a gente levantava um diagnóstico inaceitável: faltavam salas de aula, os alunos não tinham direito à alimentação, a gente ia buscar doações de comida em frigoríficos, e os professores, nós educadores, enfrentávamos a falta de condições para ensinar.
Aquela realidade moveu minha filiação ao PT, onde era possível sonhar com condições melhores para a educação e para a vida das pessoas.
Além disso, eu analisava: qual é o partido que está envolvido na luta das pessoas por moradia, por saúde pública; que está na comunidade, no bairro, na organização das pessoas? Qual o partido que tem como meta fazer a gente pensar, refletir sobre o mundo, ser crítico e não aceitar tudo de cima para baixo? As respostas me levaram ao PT.
Eu acredito que o PT trouxe para a jovem Luciane a vontade de lutar mais e mais e, ao longo de toda minha vida, desde vereadora à deputada estadual, nos últimos 20 anos, o compromisso inegociável com quem mais precisa.
Hoje é só você olhar: quando tem uma injustiça, sempre vai ter alguém do PT lutando contra essa injustiça. Foi assim nos últimos 42 anos e seguirá sendo assim. Nós estaremos lá.
Deputada estadual Luciane Carminatti (PT-SC).