A CPI da Covid toma o depoimento, na manhã desta terça-feira (10), do presidente do Instituto Força Brasil, Helcio Bruno, mais um coronel citado na maracutaia das vacinas. A tvPT transmite uma cobertura completa do depoimento a partir das 10h, logo após o Jornal Rádio PT. Para assistir, basta clicar no vídeo abaixo.
O nome de Helcio Bruno foi citado na CPI pelos dois representante da Davati Medical Supply convocados pela comissão, Luiz Dominguetti e Cristiano Carvalho, que denunciaram a cobrança de propina durante as negociações. Este último afirmou que só conseguiu se reunir, em março passado, com o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, graças ao Instituto Força Brasil. Segundo seu relato, foi Helcio Bruno quem possibilitou o encontro, do qual também participou o pastor Amilton de Paula, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah).
O Instituto Força Brasil foi criado em setembro de 2020. Segundo o site oficial, trata-se de uma entidade sem fins lucrativos que defende pautas conservadoras. O presidente é o coronel Helcio Bruno. O vice-presidente, o empresário Otávio Fakhoury. Quem são os dois?
Helcio Bruno é mais um coronel da reserva a ser citado no escândalo das vacinas. Segundo a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, ele “é egresso das Forças Especiais do Exército, assim como Elcio Franco, o general e ex-ministro Eduardo Pazuello e vários ministros palacianos”. Quando foi à CPI, Dominguetti disse que Helcio Bruno tem boa relação com Elcio Franco, algo que ele mesmo confirma: “(Ter sido das Forças Especiais) serve como boa credencial”, afirmou Helcio Bruno à jornalista.
Abaixo do coronel na diretoria do Instituto Força Brasil está Otávio Fakhoury. O empresário é criador do Aliança pelo Brasil, o partido que Jair Bolsonaro tentou criar depois de deixar o PSL, pelo qual se elegeu em 2018. Fakhoury admite que financiou tanto a campanha quanto manifestações de apoio ao atual presidente. Ele também aparece como financiadores de sites que espalham fake news e já foi apontado como membro do Gabinete do Ódio.
Em 16 de junho do ano passado, ele foi um dos 21 alvos de busca e apreensão da Polícia Federal em uma operação no âmbito do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar atos antidemocráticos, que mais tarde desdobrou-se no inquérito das fake news. Dias antes, ele havia sido intimado a depor na PF sobre o mesmo tema.
Da Redação