Partido dos Trabalhadores

Ato extremo: Gleisi e deputados levam apoio a grevistas no STF

Presidenta do PT e os parlaMentares José Guimarães, Luizianne Lins, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira foram até a tenda em frente à Corte prestar solidariedade

Lula Marques

Militantes fazem segundo ato em frente ao STF, após 30h de greve de fome

A senadora Gleisi Hoffmann e os deputados José Guimarães (CE),  Luizianne Lins (CE), Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP) foram até a tenda montada em frente ao STF, na tarde desta quarta-feira (1º), para levar solidariedade aos seis militantes que estão fazendo greve de fome. Os grevistas, que exigem a liberdade do ex-presidente Lula – preso político há 117 dias – completaram cerca de 30 horas do ato extremo.

A senadora e presidenta nacional do PT chegou por volta das 20 horas para cumprimentar os grevistas e oferecer palavras de apoio. “A gente vai fazer um dia de jejum também está começando um movimento de solidariedade”, disse. Em conversa com ofrei Sérgio Görgen, ela prometeu levar ao presidente Lula notícias da manifestação.

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, exaltou o sacrifício dos militantes. O deputado também responsabilizou a presidente do STF, Cármen Lúcia, pela violação do Estado Democrático de Direito.

“Em primeiro lugar é importante que a gente compreenda o significado. Uma greve de fome é um gesto extremo. E na medida que essas pessoas adotam essa atitude é para chamar a atenção da população brasileira e internacional para o que está acontecendo. Nossa Constituição está sendo desrespeitada. A Ação Declaratório de Constitucionalidade está pronta para ser votada desde fevereiro e isso não ocorre por uma decisão monocrática da presidente do STF”, criticou Pimenta.

O deputado Paulo Teixeira, por sua vez, fez questão de cumprimentar os militantes. “Eles estão arriscando suas vidas. Fazem isso para cobrar a aplicação da Constituição Federal, pela votação da ADC da presunção de inocência”, destacou Teixeira.

O deputado José Guimarães, líder da minoria na Câmara, também foi à tenda prestar sua solidariedade aos grevistas e conclamou o povo brasileiro a se manifestar. “Vim fazer uma visita de solidariedade a esses companheiros e companheiras que pedem Justiça aqui no STF. É preciso mobilizar e lutar pelos direitos. Esse país está parece que está adormecido e esses militantes não estão. O gesto deles tem que ser referência para todos nós”, apontou Guimarães.

Também demonstraram apoio os deputados petistas Arlindo Chinaglia (SP), Benedita Lula da Silva (RJ), Carlos Lula Zarattini (SP), Décio Lima Lula (SC), Erika Lula Kokay (DF), Helder Salomão (ES), João Lula Daniel (SE), Leonardo Lula Monteiro (MG), Luiz Lula Couto (PB), Margarida Lula Salomão (MG), Pedro Lula Uczai (SC), Pepe de Lula Vargas (RS) e Zé Carlos Lula (MA).

Médico voluntário

Ainda na tarde desta quarta, a greve ganhou um importante reforço. O médico Dr. Ronaldo Selle Wolff saiu de Porto Alegre-RS e foi até Brasília para, voluntariamente, monitorar a saúde dos seis militantes, enquanto durar o ato extremo. Segundo Wolff, além dele há outros médicos que farão um revezamento para observar os militantes.

“Eles já completaram 30 horas de greve de fome. É um momento emocional muito importante. A gente está programando uma mística e um momento terapêutico para prepará-los para as próximas horas. A nutrição deles será o suporte emocional. Vamos começar a monitorar a condição física deles com exames laboratoriais”, explicou Wolff.

O médico também manifestou preocupação com a saúde dos militantes, mas exaltou o gesto deles em prol da liberdade de Lula. “Em relação ao gesto deles, a gente fica com medo porque estão arriscando a integridade física e emocional, mas tenho muita admiração pelo que estão fazendo. Eles fazem isso pelo povo brasileiro, para que ninguém passe fome e possa escolher seu presidente. Para que todas as pessoas possam se defender e não serem encarceradas sem provas”, revelou.

Sem provas e sem crime

O frei Sérgio Görgen reforçou o discurso em defesa da soberania nacional e do povo brasileiro. O militante lembrou que ao longo dos governos do PT o Brasil deixou o Mapa da Fome, realidade inversa com a gestão do ilegítimo Michel Temer. “Estávamos em um processo civilizatório avançado e agora temos esse retrocesso todo. Subiram os preços do gás [de cozinha], dos alimentos e da energia elétrica. Querem entregar a Amazônia, privatizar as reservas de petróleo e vender nossas terras mais férteis, isso é uma situação inaceitável”, criticou Görgen.

“Os sonhos dos brasileiros estão presos em Curitiba, sem prova e sem crime, em uma clara perseguição política. É preciso que o STF faça alguma coisa. Anulem o processo fraudulento do Moro, que o TRF-4 avalizou, para que o Brasil volte à normalidade democrático”, finalizou.

Da Redação da Agência PT de Notícias