A Bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa da Bahia e o Sindicato dos Petroleiros no Estado (Sindipetro/Ba) promovem na próxima segunda-feira, dia 23 de setembro, às 9h, um Ato Público em Defesa da Petrobras e a criação de uma rede pela permanência da estatal no estado. A mobilização faz parte de um calendário de luta dos petistas baianos e dos trabalhadores do setor de petróleo e gás contra as tentativas do Governo Jair Bolsonaro de acabar com a soberania nacional e aumentar o número de desempregos no Nordeste.
A Bahia é o único estado do Brasil onde a Petrobras desenvolve todas as suas atividades econômicas. São elas: a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) que trata de refino; a Transpetro que trata de logística; a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN) que trata de fertilizantes, ureia e amônia; a Petrobras Biocombustíveis (PBIO) que trata de biodiesel; as termoelétricas que trata de energia; os campos terrestres que trata de produção de petróleo e gás e a EDIBA onde funciona o prédio administrativo.
Participarão da discussão, o geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, que também foi responsável pela descoberta do Pré-Sal, o economista e pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (INEEP), William Nozaki, o Presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas e o Coordenador Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel. Estão confirmadas também a presença de trabalhadores do setor de petróleo e gás, o Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal, parlamentares estaduais e federais, senadores, vereadores, prefeitos, secretários de Estado e sociedade civil.
Segundo dados do Sindipetro, só na EDIBA, o fechamento resultará na transferência da maioria dos cerca de 1.500 trabalhadores diretos da estatal e na rescisão dos contratos das empresas terceirizadas, que deve levar à demissão cerca de 2 mil terceirizados, que atuam no prédio. Entre os maiores impactos com a possível retirada da estatal, consta também a questão econômica para o Estado. A Petrobras já chegou a investir na Bahia cerca de R$ 1 bilhão por ano, gerando emprego e renda. A Unidade Operacional da Bahia (UO-BA), por exemplo, gera R$ 3,5 bilhões por ano e tem cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos (trabalhadores terceirizados e próprios). Só no Estado, hoje, são 4 mil trabalhadores próprios e 13 mil terceirizados.
Por Assessoria de Comunicação da Bancada do PT na Assembleia Legislativa da Bahia e Sindipetro-BA