Em uma noite histórica, povos indígenas, seringueiros e sociedade civil organizada gritaram em praça pública “Boa noite, presidente Lula!”, em homenagem ao maior líder popular brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
O ato em defesa da democracia ocorreu nesta sexta-feira, 18, em frente ao Palácio Rio Branco, na capital do Acre, Rio Branco. Lideranças políticas e sociais expressaram sua dor em ver os ataques à honra e história de Lula.
“Prenderam um inocente. Prenderam nada menos do que o maior presidente do Brasil. Nós temos a presidente nacional do PT, temos as forças democráticas reunidas, estamos reunidos com nossos irmãos indígenas, trabalhadores, com militantes da vida democrática, Esse é o grito para o Brasil entender que é Lula Livre e é Lula presidente do Brasil“, declarou Tião Viana, governador acreano.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, fez a defesa ponto a ponto de Lula no caso arbitrário que levou à sua prisão. “O Brasil tem uma frágil democracia e está virando um verdadeiro vexame internacional. O que está em jogo aqui é o futuro do povo brasileiro, a chance de que este país volte a crescer”, disse.
Também presente no ato, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que está responsável pela formulação do programa de governo do Lula, falou do que acredita ser o grande desafio daqueles que buscam um futuro de liberdade para o país. “Daqui até agosto temos que nos manter mobilizados para convencer o judiciário de que a fragilidade desse processo é tamanha que nós não podemos abdicar de uma campanha como a do presidente Lula”, afirmou.
Haddad e outras lideranças estão no Acre para a IV Conferência da Amazônia, que discute a participação dessa região do Brasil na construção de um bem estar para o país.
Lideranças populares
Seringueiro e sindicalista, Raimundo Mendes Barros, o Raimundão, emocionou a todos com as firmes palavras de quem conhece a história da Amazônia e de Lula. Ele foi um dos principais companheiros do líder acreano Chico Mendes, e traz consigo até hoje os ensinamentos de companheirismo e conservação da natureza.
“É muito merecida essa manifestação por nosso companheiro Lula e em repúdio aos atrasos que estão ocorrendo em nosso país. Essa direita e elite atrasadas tentam humilhar o Lula, mas estão humilhando a todos nós, povo brasileiro. Venho lá da floresta para lutar contra isso”, declarou Raimundão.
“Precisamos, mais que nunca, estar unidos, as associações e os povos da floresta. A força de nossa cultura e nossos deuses vai vencer essa luta”, afirmou Yube Huni Kui, uma das lideranças do povo indígena Huni Kui. O Acre é formado por uma população aproximada de 17 mil indígenas vivendo em cerca de 200 aldeias, distribuídas em 36 terras indígenas reconhecidas. São 17 povos indígenas em todo o território acreano, onde 87% de sua extensão são florestas preservadas.
Com o ato desta noite, a Amazônia se posiciona como mais um local de resistência contra ao atraso provocado por uma mídia tendenciosa, parte do judiciário parcial e pela direita aversa ao movimento popular.
Da redação da Agência PT de notícias