No dia 4 de janeiro, Jair Bolsonaro chegou a fazer ressalvas sobre a fusão entre a fabricante brasileira de aviões Embraer com a estadunidense Boeing, mas poucos dias depois ele já recua e mostra que seu nacionalismo é só fachada. Nesta quinta (10) Bolsonaro deu o seu aval para a venda da empresa brasileira, processo iniciado pelo golpista Temer.
Uma nova companhia será criada, com a Boeing como controladora, com 80% da participação, enquanto a Embraer deterá apenas 20%. A Embraer é líder mundial na fabricação de aviões comerciais de 70 a 130 passageiros e justamente este é o setor que passará para as mãos da Boeing.
Segundo matéria do jornal El País, Bolsonaro tomou sua decisão após ser “instruído por ministros”.
Como se não bastasse, uma nova proposta deve criar outra companhia também para a área de defesa, que incluiria projetos brasileiros como o avião militar de carga KC-390. Essa proposta ainda não teve nenhum detalhe divulgado.
Uma liminar suspendendo a venda da Embraer chegou a ser expedida pelo juiz da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo no início de dezembro, após ação popular apresentada em julho de 2018 pelo líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Contudo, a decisão foi cassada pelo presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região no final do mês.
Da redação da Agência PT de notícias