A promessa de Jair Bolsonaro de impor uma “nova maneira de fazer política”, pautada pela honestidade e combate à corrupção, até agora não passou de mais uma das incontáveis notícias falsas criadas por ele. A cada nova investigação, mais o povo percebe que o seu discurso está muito distante do que faz. A nova prova de sua tortuosa trajetória traz à eleição presidencial passada, pautada pela produção em massa de fake news: o então candidato inflou sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2018 com um micro-ônibus que havia sido vendido no ano anterior.
A denúncia foi publicada nesta sexta-feira (1) pela Folha de S. Paulo, e aponta que o veículo, embora declarado como patrimônio de Jair, está desde fevereiro de 2017 em nome do ex-soldado Jaci dos Santos, que já tinha trabalhado como motorista da família do presidente.
A van da Mercedes Benz Sprinter 313 foi avaliada por Bolsonaro em R$ 89 mil. Jaci diz ter pago R$ 10 mil parcelados pelo veículo quando era funcionário do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio.
Portanto, Jair mentiu (para variar) na declaração de bens entregue à Justiça. Segundo o artigo 350 do Código Eleitoral, a prestação de informação irregular à Justiça Eleitoral pode ser caracterizada como crime de falsidade ideológica. Seu autor fica passível a até cinco anos de reclusão, além de multas, desde que comprovada a intenção do candidato de burlar a lei.
Para especialistas ouvidos pelo jornal, inflar a declaração é uma prática geralmente feita por quem quer mascarar uma futura evolução. Como era de se esperar, Bolsonaro não quis comentar sobre o caso. Mas a conta uma hora virá e quem cobrará explicações do presidente que se diz honesto, mas que a cada diz fica mais claro que tudo não passa de fake news.
Da Redação da Agência PT de Notícias