Jair Bolsonaro (PSL) voltou a dar declarações contra a demarcação de terras indígenas, afirmando ainda que pretende rever áreas já reservadas às comunidades tradicionais.
As reiteradas falas de Bolsonaro nesse sentido têm sido apontadas como incentivadoras de invasões, ataques e queimadas contra terras indígenas por parte de grileiros, garimpeiros e pecuaristas, que agora sentem-se liberados pelo presidente da República.
Os relatos do aumento da agressividade dos invasores vêm de vários pontos do país. Nesta semana, o Ministério Público Federal do Pará emitiu alerta de que garimpeiros têm feito ameaças contra tribos xikrin no sudeste Estado e solicitou apoio da Polícia Federal. No Mato Grosso, incêndios destruíram quase que inteiramente a Terra Indígena Areões, habitada por Xavantes.
Bolsonaro não parece preocupado com nada disso. Ao contrário, nesta sexta-feira (30) voltou a atacar as demarcações.
“É muita terra para pouco índio, e sem lobby. Qual é o interesse por trás disso?”, acusou. “A minha decisão é não demarcar mais terra para índios. Aquelas que foram demarcadas de forma irregular, caso tenhamos algo concreto nesse sentido, é buscar a revisão das terras”, disse ao ser questionado se vai rejeitar os quase 500 pedidos que existem para novas demarcações.
Por Brasil de Fato