O Brasil está à venda. Esse foi o recado que Jair Bolsonaro (PSL) e Paulo Guedes deram em viagem aos Estados Unidos, onde anunciaram uma série de acordos unilaterais, sem nenhuma contrapartida dos estadunidenses. Uma postura entreguista, que afronta a soberania nacional e desrespeita o povo brasileiro.
Exploração comercial da Base de Alcântara, cota para importação do trigo sem taxas, fim da exigência de visto para estadunidenses e entrega do Pré-sal são algumas das medidas anunciadas em viagem oficial que deixam clara a intenção de desmonte do Estado pela turma de Bolsonaro.
Uma das primeiras medidas anunciadas por Jair nos EUA foi a dispensa de visto para turistas vindos de lá. Do outro lado, os brasileiros continuarão precisando do documento para entrar no país de Trump.
Para o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, a decisão é uma prova de que Bolsonaro considera o povo brasileiro inferior. “Em qualquer país cujos governantes tenham o mínimo de dignidade o princípio da reciprocidade baliza as relações bilaterais. Mas Bolsonaro nos acha um povinho menor”, avaliou.
EUA contra desenvolvimento tecnológico do Brasil vai explorar base
A lista de acordos prejudiciais para o país não para de crescer desde que Bolsonaro e sua equipe chegaram nos EUA. Compõe o pacote entreguista a autorização para que os EUA lance satélites a partir da Base de Alcântara, um investimento brasileiro em tecnologia que agora será entregue apara uso dos estadunidenses. A exploração comercial da base, que fica no Maranhão, estava sendo negociada desde 2000, mas nunca foi aprovada.
Informações do governo estadunidense vazadas em 2011 pelo Wikileaks mostraram que os EUA não apoiavam o desenvolvimento de um programa brasileiro de lançamento de foguetes, segundo reportagem publicada pela Revista Fórum nesta terça-feira (19).
O texto explica que, em 2009, a embaixada da Ucrânia no Brasil havia pedido para que os Estados Unidos revisse a sua decisão contrária a exploração da tecnologia para lançamento de foguetes na Base de Alcântara. Apesar do argumento de que os custos seriam reduzido devido a posição estratégica da Base, os EUA mantiveram a negativa.
E afirmou que: “Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”.
Entrega do pré-sal prejudica saúde e educação do Brasil
“Estamos abertos para negócios”, “estamos vendendo”, “o presidente ama a América, eu amo a América”. Essas foram algumas das frases ditas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao discursar em Washington, capital dos EUA, deixando clara a sua intenção de desmontar o Estado brasileiro e manter relações unilaterais com o país presidido por Donald Trump.
Ele, que já havia anunciado sua intenção de privatizar ou liquidar 100% das estatais brasileiras agora avança no seu plano econômico entreguista. Em seu discurso, afirmou também que, em três meses, vai começar a vender também o petróleo e as reservas do Pré-sal. Os recursos, já estão sendo entregues para exploração internacional desde o governo golpista de Michel Temer, quando foram leiloados a valor inferior ao que teria sido gerado de recursos para o país se tivessem sido explorados pela Petrobras.
No governo Dilma, por sua vez, 75% dos royalties do petróleo foram destinados para a educação e 25% para a saúde. Assim como 50% do Fundo Nacional do Pré-sal deveriam ser aplicados nos dois setores. Isso significa que a venda para empresas de outros países em longo prazo também afeta diretamente setores essenciais para a população ao transformar em lucro para empresas estrangeiras o que deveria se transformar em recurso para saúde e educação.
Da Redação da Agência PT de Notícias