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Brasil ultrapassa mil mortes diárias pela terceira vez

País agora registra 24.512 óbitos, 1.039 nas últimas 24 horas. O total de casos é de 391.222. Só no estado de São Paulo, mais de 203 mortes foram contabilizadas. No Rio, outro recorde: 256 óbitos em um dia. Secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, deixou o cargo na segunda-feira (25). Pasta da Saúde segue há mais de  dez dias sem comando, sob a responsabilidade do ministro interino, general Eduardo Pazuello

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Cemitério de Manaus (AM): país retoma média diaria de 1 mil mortos. Estudo Universidade de Washington

O Brasil segue sem ministro da Saúde, em meio ao agravamento da crise sanitária, enquanto a pandemia do coronavírus se alastra pelos municípios. Nas últimas 24 horas, o país contabilizou pela terceira vez mais de mil perdas de vidas: o país agora registra 24.512 óbitos, 1.039 nas últimas 24 horas. O total de casos é de 391.222. Só no estado de São Paulo, mais de 203 mortes foram registradas. No Rio, outro recorde: 256 óbitos em um dia.

Para piorar, o secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, deixou o cargo na segunda-feira (25). A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União. A pasta segue há mais de  dez dias sem comando, sob a responsabilidade do ministro interino, general Eduardo Pazuello.

O Brasil já possui a maior taxa de mortes diárias do mundo. Na segunda-feira (25), os óbitos contabilizados em 24 horas ultrapassaram os registros dos Estados Unidos pela primeira vez. O Brasil registrou 807 mortes enquanto, nos EUA, 620 morreram. Um estudo conduzido pela Universidade de Washington, divulgado nesta semana, alerta para um aumento de até cinco vezes nas mortes causadas pela doença até o início de agosto. De acordo com o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da universidade, 125 mil pessoas podem perder suas vidas em pouco mais de dois meses.

Sem  controle, vai explodir

A universidade revisou as estimativas anteriores, que projetavam 90 mil óbitos. “O Brasil deve seguir a liderança de Wuhan, China, Itália, Espanha e Nova York, e impor medidas para controlar uma epidemia que evolui rapidamente”, escreveu o diretor do IHME, Dr. Christopher Murray. Sem as medidas, o modelo desenvolvido pelo instituto mostra que o número de mortes diárias no Brasil irá continuar subindo até meados de julho, destruindo os recursos e a capacidade de sustentação da rede pública hospitalar.

De acordo com a universidade, o modelo será atualizado regularmente à medida que novos dados forem divulgados sobre casos, hospitalizações, mortes, testes e taxas de isolamento. Os pesquisadores incluíram desta vez 19 dos 26 estados brasileiros que têm mais de 50 mortes, incluindo o Rio de Janeiro, que superou as previsões de mortes das última projeção, passando de 21.073 para 25,775 óbitos.

A pesquisa anterior, divulgada no dia 12 de maio, cobriu oito estados. Destes, apenas três apresentam expectativa de queda nas mortes em relação ao levantamento anterior: São Paulo, Maranhão e Amazonas. Em São Paulo, a queda foi de 36.911 para 32.043. No Maranhão, a redução foi de 4.613 mortes para 3.625 e, no Amazonas, houve diminuição das projeções de 5.039 para 3.194 óbitos.

Da Redação