O incentivo à ciência e tecnologia como um dos princípios de soberania nacional tem sido destacado por Fernando Haddad, candidato a presidente na coligação ‘O Povo Feliz de Novo’. É esse compromisso que ele firmará em visita, nesta quinta-feira (20), ao Parque Tecnológico de São José dos Campos, no interior de São Paulo, que abriga instituições de ensino e pesquisa como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), ambos vinculados ao Comando da Aeronáutica; e indústrias de grande porte como a Embraer. O Parque abriga ainda o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que este ano ainda não recebeu nenhum repasse do governo federal.
O parque foi criado em 2006 e é o maior complexo de inovação e empreendedorismo do país, com seis mil usuários diários, quase 300 empresas integrantes, quatro Centros de Desenvolvimento Tecnológico, cinco universidades, quatro Institutos de Ciência e Tecnologia, e cerca de 1,5 mil trabalhadores.
Durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi lançado o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação – PACTI da Ciência, com orçamento de R$ 60 bilhões, executado integralmente entre 2007 e 2010. Uma das prioridades estratégicas do plano era a ciência e tecnologia para inclusão social.
Desmonte do governo ilegítimo de Temer e do PSDB
Depois do golpe de 2016, a situação da ciência é tão grave que há alguns meses 23 cientistas vencedores do prêmio Nobel enviaram uma carta para Temer dizendo que com os cortes nos orçamentos da ciência ele está comprometendo o futuro do Brasil.
O Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) foi extremamente fragilizado por Temer. Os orçamentos das principais fontes de recursos federais para a área, os fundos setoriais, voltaram a ser contingenciados, o que tinha deixado de acontecer nos governos Lula. O orçamento do MCT executado em 2017 foi reduzido a menos de 30% do valor de 2010.
O governo ilegítimo retirou R$ 50 milhões em recursos do CNPq, do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), da Fiocruz e Embrapa.
Temer ainda firmou acordo com o Estados Unidos, permitindo que eles usem a área de Alcântara, no Maranhão, para base de lançamento de seus foguetes. Ao mesmo tempo, interrompeu a construção das instalações da Alcantara Cyclone Space, empresa binacional criada por Lula para desenvolver e lançar foguetes portadores de satélites em parceria com a Ucrânia, que foi o berço do programa espacial soviético.
Venda da Embraer
O governo Temer negocia a venda de 80% da divisão de aviões comerciais da Embraer, em um contrato de US$ 3,8 bilhões com a norte-americana Boeing.
Fernando Haddad já afirmou que é contrário À venda da Embraer. “Temos a chance de evitar essa venda da Embraer, empresa que representa, além de geração de empregos, alta tecnologia e segurança nacional. Por isso, os próximos dias são definitivos para o país, para uma escolha que seja capaz de retomar tudo que havíamos conquistado nos governos do ex-presidente Lula”, disse Haddad no ABC paulista.
Por lula.com.br