Desde que a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) passou a divulgar sua pesquisa semanal de preços, em 2004, o preço da gasolina nunca foi tão alto. Após subir 0,7%, pela terceira semana consecutiva, o preço médio do combustível chegou à casa dos R$ 7,270 por litro na semana passada.
Com o resultado, o preço da gasolina bate o recorde dos R$ 7,267 registrados na semana entre 13 e 19 de março, alguns dias após o mega aumento promovido nas refinarias pela gestão bolsonarista da Petrobras. O preço médio do etanol hidratado nos postos também aumentou (4,8%), chegando a R$ 5,496 por litro.
O salto da gasolina é produto da soma da política de preço de paridade de importação (PPI), atrelada às flutuações do barril de petróleo no mercado internacional e ao dólar, com a escalada da cotação do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos.
Em abril, os preços do etanol anidro e do etanol hidratado nas usinas de São Paulo já subiram 12%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Essa escalada dos preços é movida pelo aumento da demanda em período de fim de entressafra. Mesmo com o início da colheita este mês, não houve recuo.
Também reajustados pela gestão bolsonarista da Petrobras em março, o diesel e o gás de cozinha se mantêm estáveis. O primeiro foi vendido na semana passada por R$ 6,60 o litro e o segundo, por R$ 113,24 o botijão de 13 quilos, apesar da pequena redução do preço do último nas refinarias em abril.
O preço do GNV (gás natural veicular) permanece em alta (0,2%), chegando a R$ 4,754 por metro cúbico. A pesquisa da ANP encontrou o combustível sendo vendido a até R$ 6,821 em Brasília.
Em postagem no Twitter, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), mencionou o IPCA-15 de abril e o novo reajuste da gasolina para concluir que “vai ser assim até o fim do desgoverno”, e que a “inoperância de Bolsonaro e Guedes vai aprofundar o caos social”.
Da Redação