Partido dos Trabalhadores

Com governo Lula, Brasil bate recorde no resgate de vítimas de trabalho escravo

No primeiro trimestre de 2023, pelo menos 918 vítimas foram resgatadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Número representa recorde nos últimos 15 anos

MPT/RS Divulgação

Com governo Lula, Brasil bate recorde no resgate de vítimas de trabalho escravo. Foto: MPT/RS Divulgação

No retorno aos bons tempos e de combate a inúmeros retrocessos, o governo Lula registra recorde dos últimos 15 anos no resgate a vítimas de trabalho escravo no Brasil. Somente no primeiro trimestre do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos 918 vítimas foram resgatadas do trabalho forçado, análogo à escravidão.

As operações em todas as regiões do país foram realizadas, entre janeiro e 20 de março deste ano, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em parceria com outras instituições como o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal, a Defensoria Pública da União.

De acordo com auditores do MTE, os estados do Goiás e Rio Grande do Sul foram encontrados o maior volume de trabalhadores em situação de trabalho escravo.

Em Goiás, 365 pessoas foram resgatadas, sendo mais da metade resgatadas em lavouras e usinas de cana-de-açúcar nos municípios de Itumbiara, Edéia e Cachoeira Dourada.

Cobrança de aluguel de barracos usados como alojamentos, o não fornecimento de alimentação e a cobrança pelo uso de ferramentas de trabalho estão entre as irregularidades constatadas pela fiscalização do governo Lula.

No Rio Grande do Sul, durante a safra da uva, 207 do total de 293 pessoas resgatadas no estado foram encontradas em situações degradantes de trabalho no município de Bento Gonçalves.

O ex-senador Paulo Rocha (PT/PA), que sempre atuou no combate aos retrocessos e na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, comemora a retomada na atuação prioritária contra o trabalho forçado.

“Após anos de descaso, finalmente o Brasil retoma uma atuação prioritária no resgate dos trabalhadores submetidos a condições sub-humanas. A alta no número de pessoas salvas da ganância de alguns empresários é a maior prova. Cobraremos também a devida punição dos que praticam esses atos abomináveis. Tratamento digno é o mínimo que o cidadão brasileiro merece”.

“Trabalho escravo é crime”

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador Paulo Paim (PT/RS), destaca a importância de regulamentar a Emenda Constitucional 81 de 2014, via Projeto de Lei 5970 de 2019, que prevê a expropriação das propriedades rurais e urbanas, onde forem localizadas a exploração de trabalho escravo.

“O projeto será votado dia 12 de abril na CDH.  Além disso, acabar com a terceirização na atividade-fim. A responsabilidade da empresa tomadora de mão de obra tem que ser solidária e não subsidiária. Enquanto os empregadores obtêm lucros exagerados na terceirização, os trabalhadores escravizados sofrem perdas econômicas e sociais gigantescas. São condenados à eterna miséria, à ignorância e à marginalidade social. É preciso investir e dar condições seguras aos auditores fiscais do trabalho para realizar ações em locais de difícil acesso. Trabalho escravo é crime”.

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Da Redação, com informações do G1