O primeiro ano do governo Lula fez com que o “índice de miséria” do Brasil caísse para o menor nível desde 2007, informou nesta semana a consultoria MB Associados. Esse indicador é calculado a partir da combinação das taxas de inflação e desemprego.
Ao fim de 2023, o índice de miséria ficou em 12,5 pontos, o menor nível para dezembro desde 2007, primeiro ano do segundo mandato do presidente Lula, que registrou 12,3 pontos. Em outras palavras, Lula trouxe o Brasil de volta aos bons tempos de Lula.
“O ano de 2023 foi um momento em que voltamos a ver números parecidos com o que foi no passado”, disse, em entrevista ao Valor Econômico, o economista-chefe da MB, Sergio Vale. “As duas coisas (aumento do emprego e diminuição da inflação) evoluíram positivamente de forma bastante intensa”, explicou.
Lembrando: no último mês de 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,6% no acumulado de 12 meses. Índice bem menor que os registrados em 2021 (10,06%) e 2022 (5,79%).
Já o desemprego no último trimestre do ano passado ficou em 7,4%. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, e a menor para um trimestre encerrado em dezembro desde 2014, segundo o IBGE.
Expectativa de melhora
A importância do índice, explica Vale, vem do fato de ele levar em conta dois índices que afetam diretamente a vida da população. E é importante que os dois estejam equilibrados, afinal, uma taxa de desemprego baixa pode não significar muito se a inflação dispara, corroendo o poder de compra das famílias.
“O índice de miséria capta o bem-estar da população. São duas taxas, inflação e emprego, que, talvez, sejam as que a população mais sente no bolso”, disse o economista ao Valor.
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Para ele, o índice deve continuar caindo nos próximos anos, fechando 2024 em 12,1, pois a tendência é que a inflação e o desemprego sigam em níveis baixos.
Já o economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, também ouvido pelo Valor, acredita em um resultado ainda melhor: 10,5 em 2024 e 9,6 em 2025.
“Acreditamos que ela vai continuar desacelerando, seja porque as condições financeiras irão para o terreno expansionista, seja porque a economia brasileira está em um novo patamar de crescimento, que pode ser entre 2% e 2,5%, e vai acabar colocando mais pessoas no mercado de trabalho”, analisou Oliveira.
Da Redação