Com a eleição de Lula, em 2022, para seu terceiro mandato a Presidente da República, inicia-se um processo de migração de prefeitos de outras legendas para o PT. Dos 183 eleitos pela sigla, em 2020, o Partido conta, agora, com 265 prefeituras.
Dos 82 novos prefeitos filiados ao PT, 24 vieram nesta chamada janela partidária. Os outros 58 encaminharam filiação a partir de 2022.
Joaquim Soriano, Secretário Nacional de Assuntos Institucionais do PT afirma que o fluxo tem a ver com a “boa expectativa desses companheiros e companheiras, ao se engajarem no processo de transformação do Brasil, sob a liderança de Lula”.
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Soriano destaca que os maiores índices de migração de prefeitos aconteceram em cidades do Nordeste do país. No Ceará, de 18 eleitos, em 2020, agora são 45 prefeituras. Piauí, onde o PT elegeu 24 prefeitos, atualmente conta com 51. E a Bahia, que saltou de 32 para 49.
Embora de forma mais modesta, também no Sudeste o PT viu crescer o numero de prefeitos eleitos em 2020. São três novas prefeituras em Minas Gerais, que agora tem 31, e outras duas no Rio de Janeiro, que passou a ter três cidades governadas por petistas.
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O cenário atual mostra a reversão de um processo de perseguição política sofrida pelo Partido dos Trabalhadores desde o golpe de 2016.
O PT que elegeu 644 prefeitos em 2012, com a turbulência política no país a partir de 2013, três anos depois, viu a representatividade cair para 256 eleitos. E, quatro anos depois (2020), reduz ainda mais sua representação nas prefeituras com, apenas, 183 eleitos.
Ás vésperas das eleições municipais, em outubro próximo, este fluxo migratório de novos prefeitos, diz Soriano, “é sinal positivo, que contribui para que o Partido possa ampliar ainda mais sua presença em numero maior de prefeituras, a partir de 2025”.
Da Redação