O Comitê de Solidariedade Internacional em Defesa de Lula e da Democracia no Brasil promoveu nesta terça-feira (24), em São Paulo, um encontro para discutir as estratégias internacionais de denúncia da prisão política de Lula pelo mundo.
A mesa principal discutiu os acertos e pontos a aprimorar da campanha pela libertação de Lula no Brasil e no mundo. Monica Valente, chefe da Secretaria de Relações Internacionais PT, Antônio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT e o coordenador nacional do MST João Paulo Rodrigues fizeram apontamentos sobre o tema.
O evento teve ainda representantes do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Fundação Perseu Abramo, correspondentes da mídia internacional progressista, além de CTB, Frente Brasil Popular, Vigília Lula Livre e outros movimentos sociais.
Organizadora do Foro de São Paulo, encerrado na semana passada, Monica lembrou que a ofensiva neoliberal e imperialista – a mesma que gestou o impeachment de Dilma e a prisão de Lula – tem muitos instrumentos para agir contra a libertação da América Latina com “golpe brandos”: desde manobras jurídicos, tentativa de desestabilização, formação de líderes e sabotagem econômica. “É nesse cenário que a luta pela liberdade do Lula e pelo direito dele ser candidato se insere”, explica.
Apesar dos revezes, ela lembra que tanto o Brasil quando outros países da América Latina como Argentina, Honduras, Equador e outros tiveram êxito em construir um campo de resistência e essa disputa fica explícita nas campanhas por Lula Livre, que ganham mais força capilaridade. Também ressaltou que a amplitude das ações de resistência cresceu desde o impeachment e as eleições municipais. “Não só aqui no Brasil tem dado resultados impressionantes. Apesar de o Lula estar preso, nosso movimento de resistência atingiu um novo patamar na disputa”, disse.
Rodrigues completou lembrando a importância desta parte do continente para a geopolítica americana e pediu atenção ao esforço do campo golpista para que esses interesses sobrevivam a uma próxima gestão. “Manter o golpe é muito importante porque permite consolidar as reformas, privatização do pré-sal e da Eletrobras e agenda de ajuste fiscal”.
O líder do MST também ressaltou importância dos movimentos populares, que protagonizam um grande calendários de manifestações até o registro da candidatura de Lula, no dia 15 de agosto. Além do Festival Lula Livre, que vai reunir Gilberto Gil, Chico Buarque, Beth Carvalho e outros quarenta artistas no Rio de Janeiro, há ainda o Dia do Basta organizados pelas centrais sindicais e outras manifestações e eventos em São Paulo, Brasília e outras cidades (confira a programação completa aqui.)
Um dos principais articuladores das manifestações internacionais pela liberdade de Lula, Lisboa frisou a mudança na percepção internacional sobre a política brasileira desde o golpe e falou da importância de avançar no diálogo com essas frentes via comunicação, citando o exemplo do Boletim do Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia, traduzido periodicamente em inglês. e ações coordenadas como a do próximo dia 13 de agosto. A data marcará um Dia de Ação Global pelo direito de Lula ser candidato com dezenas de manifestações no Brasil e em cidades de outros países.
Da Redação Agência PT de Notícias