A reunião deliberativa agendada para esta terça-feira (26) na CPMI dos Atos Golpistas foi adiada para quinta-feira (28), quando serão votados os requerimentos para os trabalhos finais da comissão. A sessão de quinta deve ser a última deliberativa da CPMI, que foi instalada dia 6 de junho para apurar os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília. A previsão é que relatório final seja divulgado dia 17 de outubro.
O deputado Rogério Correia (PT-MG), que defende a votação de requerimentos para quebra de sigilos bancários de Bolsonaro, reforçou o posicionamento do STF sobre a Força Nacional. “O próprio Supremo Tribunal Federal já disse que o ministro Flávio Dino [da Justiça] não poderia utilizar a FNSP se não houvesse o aval e a solicitação do governador do Distrito Federal [Ibaneis Rocha], que não o fez. Esse é um debate que não temos problema em fazer”, divulgou a Agência Senado.
Além do acesso aos RIFs (relatórios de inteligência financeira) do ex-presidente e de Michelle Bolsonaro, deputados querem aprovar a convocação do ex-assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins, do almirante ex-comandante da Marinha, Almir Garnier dos Santos; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e Meyer Nigri, empresário e apoiador de Bolsonaro.
O almirante Almir Garnier dos Santos foi citado na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. De acordo com O Globo e portal UOL, Cid disse que o ex-presidente teve uma reunião em 2022, depois do 2º turno das eleições, com a cúpula das Forças Armadas para discutir uma minuta sobre intervenção militar, e que Garnier, então comandante da Marinha, teria concordado com o plano de golpe, cuja minuta foi levada para a suposta reunião citada na delação de Cid teria por um advogado constitucionalista e por Felipe Martins.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, quer a convocação dos últimos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica na gestão Bolsonaro para ouvi-los sobre uma reunião ocorrida em novembro de 2022, quando se teria discutido a possibilidade de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula, diz a Agência Senado.
Da Redação