No dia 6 de fevereiro, a presidenta do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann fez um resgate histórico sobre os desafios do PT nos últimos 40 anos, dentre eles a luta das mulheres para ocupar espaços internamente. Além de celebrar a atual situação, Hoffman afirmou que é importante não ter ponto de retorno, principalmente em períodos eleitorais.
“Nós nunca mais vamos ter candidatura laranja. Nós temos que cobrar isso de forma séria dos nossos companheiros”, apontou a presidenta durante o debate realizado no Rio de Janeiro.
Dentre os temas abordados, a questão evangélica não ficou de fora dos debates do período da tarde. Pesquisa Datafolha divulgada em janeiro de 2020 revelou que o perfil social dos evangélicos brasileiro é mulher, negra e periférica. A deputada federal Benedita da Silva abordou esse tema e a importância de dialogar com esse setor na sociedade:
“Eu sou evangélica. É uma ditadura que estão fazendo. O fundamentalismo está em ascensão. Precisamos ter atenção a uma narrativa de nos apresentar para essas mulheres”, reforça a deputada. A tolerância religiosa e ampliar o grau de escuta foram traçados como estratégias essenciais para se aproximar desse setor.
Diante de um horizonte de disputa eleitoral em 2020, Maria do Rosário deixou um recado sobre os impactos de mulheres petistas quando ocupam cargos públicos e espaço de poder.
“Não adianta dizer que as mulheres ocupando espaços [no parlamento], tudo ficará igual para todos os demais. Quando as mulheres do PT ocupam os espaços, elas deslocam forças conservadoras, mexem na estrutura, mexem na cultura, porque nós integramos a esses espaços o conceito de igualdade”, explicou Maria do Rosário deputada federal e secretária nacional de formação do PT a partir da longa trajetória no parlamento brasileiro.
O Conselho Político Nacional de Mulheres do PT superou as expectativas das participantes e foi um marco importante na elaboração feminista da organização partidária. Esse foi o primeiro passo de uma longa construção que vem sendo feita com o objetivo de ampliar a participação das mulheres na política.
“Temos muito orgulho do Elas Por Elas e sabemos que mulheres em espaços de poder fazem diferença para a consolidação das nossas pautas e o olhar para as políticas públicas. Por isso, seguimos em frente no fortalecimento e na ampliação desse espaço”, finalizou Anne Karolyne, secretária nacional de mulheres do PT.
Muitos desafios para as próximas eleições e finalizou com a preparação das mulheres para o Festival PT 40 anos, que teve início no sábado, dia 7 de fevereiro.