Uma iniciativa da liderança do PT na Câmara para pressionar os parlamentares e barrar a votação da Reforma da Previdência começou na terça-feira (12) na forma da Tribuna Livre, ação que acontece nesta semana no Salão Verde e contou com a adesão de dezenas de parlamentares da oposição que aproveitaram o espaço para se manifestar contra o desmonte promovido pelo governo golpista de Michel Temer.
O deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria, afirmou que “o governo não tem os 308 votos. Nós estamos num verdadeiro mutirão de contatos pessoais com os parlamentares para evitar que eles mudem de opinião e votem a favor da PEC”.
“Em segundo lugar, o país começou um processo de mobilização e isso tem sido um diferencial. Nós temos convencido muitos parlamentares a mudar seu voto para barrar a reforma. Na bancada do Ceará, por exemplo, vários já mudaram o voto”.
“O governo não pode ficar indefinido. Se ele quer votar, ele que marque a data. Nós não aceitaremos isso e vamos fazer uma obstrução política, como estão fazendo os grevistas em greve de fome. Estamos juntos em um verdadeiro mutirão contra a PEC da Previdência, pelo Brasil e pelos trabalhadores”, concluiu Guimarães.
Carlos Zarattini (PT-SP), líder da bancada petista, afirmou que os parlamentares estão em processo de luta contra a Reforma da Previdência. “Não só luta aqui dentro do congresso, mas luta nas ruas também.”
“Hoje houve em várias cidades do país, manifestações contra essa reforma. Aqui dentro do Congresso, nós temos oito companheiros e companheiras fazendo greve de fome, para que essa votação seja suspensa. E o Governo, já está na cara, não tem votos suficientes, mas fica insistindo e pressionando.”
“Mais do que isso: fez com que os empresários viessem aqui pressionar os deputados. Pressionar, vocês já sabem de que forma. Então nós vamos continuar a luta. O governo tem que tirar essa PEC da ordem do dia para que a gente possa efetivamente viver um momento de paz, ter eleições livres e democráticas. E o próximo presidente da República, que trate deste assunto com a legitimidade necessária”, afirmou Zarattini.
“Vim aqui reafirmar nosso compromisso como parlamentar, com o povo do Amapá. Somos radicalmente contra a reforma da Previdência, o PCdoB é contra”, afirmou a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP).
“Não aceitamos reformas que prejudiquem especialmente a população brasileira que historicamente é prejudicada. Nos temos uma série histórica de prejuízos ao povo trabalhador, das pessoas mais pobres que precisam do estado brasileiro, que o estado brasileiro funcione, e temos visto o desmonte do estado brasileiro.”
“O objetivo dessa reforma é acabar com a Previdência social pública. Nós, sozinhos aqui, não conseguiremos barrar se não tiver o apelo, a população brasileira contra a reforma. Quero conclamar todos os brasileiros, porque não tem quem se livre dos malefícios da reforma da Previdência.”
O deputado Assis Carvalho (PT-PI) denunciou que “o governo, toda vez que tira direitos dos trabalhadores, vai oferecer jantares com uísque para parlamentares”.
“Agora ele quer roubar a Previdência dos humildes. Mexer no direito sagrado de um trabalhador do campo e da cidade que tem a esperança ao envelhecer, ter sua aposentadoria. Temos que fazer o enfrentamento.”
“Não podemos permitir que um governo que lamentavelmente entrega toda a soberania nacional, entrega toda a riqueza do pré-sal, entrega a Amazônia, agora quer entregar até a última gota de sangue que é a Previdência do homem e da mulher do campo.”
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) ressaltou que a ancada do PT está na resistência na Câmara dos Deputados.
“Temos vários movimentos sociais em Brasília essa semana se manifestando, protestando contra essa reforma da Previdência. É um absurdo o que faz esse governo golpista, ilegítimo, sem voto nem legitimidade para apresentar qualquer tipo de proposta, principalmente a reforma da Previdência.”
“Vemos barganhas e mais barganhas, cargos sendo doados por esse governo para deputados. O que está sendo articulado entre o presidente da Câmara e o Presidente da República é absurdo. Rodrigo Maia recebeu de Michel Temer o ministério das cidades, para discutir na Câmara a reforma da Previdência. Por isso a população precisa ocupar Brasília, a Câmara dos Deputados, porque essa reforma será um desastre para a população brasileira e para o Brasil.”
Da Redação da Agência PT de Notícias