O aumento do desemprego registrado no primeiro trimestre do governo Bolsonaro já faz eleitores se arrependerem do voto e sentirem saudades dos governos do PT, em especial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando havia políticas de estímulo ao crescimento. “Ele não está do lado da população pobre, está do lado dos ricos. Não vejo ele ajudando o meu lado. Votei completamente errado. Se eu tivesse votado num homem que desse serviço…”, diz o pedreiro Pedro de Santana. Ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, ele conta que quer largar o bico, mas está desempregado há 10 meses.
“Falar que o Lula foi ruim para o trabalhador é mentira”, afirma o metalúrgico Laerte de Paula. Com as contas de água e luz atrasadas, ele diz que mandou mais de uma centena de currículos, “mas até agora, nada”.
Dados divulgados pelo IBGE na última terça-feira (30) revelam que o número de desempregados cresceu 10,2%, para um total de 13,387 milhões nos primeiros três meses deste ano. A taxa de subutilização – pessoas que trabalham em jornada reduzida por falta de opção – atingiu 25%, a maior da série histórica.
Segundo o professor de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Rubens Sawaya, medidas adotadas pelo governo, como cortes no orçamento, colaboram para o agravamento do desemprego. Para combater a crise, o Estado deveria ampliar gastos para estimular a demanda, aquecendo a economia.