No apagar das luzes de seu mandato como governador do Rio Grande do Sul, ao qual renunciou no mês passado, Eduardo Leite armou uma verdadeira bomba para seus conterrâneos: aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo governo Bolsonaro, que, na prática, impõe uma espécie de teto de gastos para o estado pelos próximos 10 anos.
Ao agir dessa forma, Leite mostra que não tem nenhuma preocupação com o povo do Rio Grande, denuncia o deputado estadual e pré-candidato do PT a governador, Edegar Pretto.
“Além de ser injusto, Eduardo Leite está sendo desonesto com os próximos governantes”, disse, nesta terça-feira (24), em entrevista ao Jornal PT Brasil (assista no vídeo abaixo).
Pretto e toda a bancada do PT na Assembleia Legislativa estadual votaram contra a medida, que congela os investimentos nos setores produtivos e na área social por 10 anos e praticamente inviabiliza a recuperação social e econômica do estado, que vem apresentando um PIB abaixo da média nacional.
“Neste Rio Grande, que produz tanto, temos 1,2 milhão de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza. De agosto de 2020 a agosto de 2021, 25% das micro e pequenas empresas quebraram. E estamos vivendo ainda os efeitos da pior seca dos últimos 70 anos, mas Bolsonaro e o Eduardo Leite viraram as costas para os pequenos, os médios e os grandes produtores”, denunciou Pretto.
Mas, ao invés de aumentar os investimentos para socorrer o setor produtivo, Eduardo Leite preferiu sequestrar o orçamento. “Em nome de quê? Ele quer buscar uma manchete para se vangloriar nacionalmente que é um neoliberal competente. Tem um superávit de R$ 2,5 bilhões, mas deixa uma dívida social extraordinária”, completou.
É por isso que, segundo o pré-candidato, o povo do estado sente saudade dos tempos de Lula. “Botaram na cabeça das pessoas que bastava tirar o PT do poder que os problemas do mundo seriam resolvidos, e muitos trabalhadores acreditaram nessa falsidade. Hoje, os gaúchos, a exemplo do povo brasileiro, vêm analisando o que era sua vida e o que é hoje. As pessoas aqui querem de novo viver o pleno emprego, querem ver o salário mínimo subindo acima da inflação”, contou, lembrando que, só por meio do PAC 1 e 2, o Rio Grande do Sul recebeu R$ 115 bilhões de investimentos federais nos governos Lula e Dilma.
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Edegar Pretto também antecipou como será a visita de Lula ao estado nos próximos dias 1º e 2. Segundo ele, o ex-presidente, além de conversar com a população, deve se encontrar com as lideranças dos partidos que integram o movimento Vamos Juntos pelo Brasil (PCdoB, PV, Rede, PSol, PSB e Soldiariedade) e representantes de cooperativas, da educação e de setores importantes da economia estadual.
Da Redação