Na avaliação de parlamentares do PT na Câmara e do PT no Senado, a única saída viável para a crise política que se instaurou no Brasil é a eleição direta, pelo povo, de um novo mandatário para o país. As bancadas do partido, junto da oposição, irão obstruir qualquer votação, sobretudo das reformas propostas pelo golpista Temer, até que a eleição direta seja colocada em pauta.
“Tanto na Câmara quanto no Senado, o PT e as oposições, declaramos guerra mesmo contra a agenda de reformas. Com o país sangrando, o presidente flagrado, é impossível querer voltar a votar reforma naquele Congresso”, afirmou a senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Ela defende que o Congresso faça um debate político para aprovar a Emenda de Constituição para “devolver ao povo o direito de escolher e ganha quem ganhar”.
A senadora lembrou que, ao contrário de Dilma, contra o golpista Temer, não pesa apenas uma delação, mas ele foi flagrado praticando ato de suborno e crime de responsabilidade. “Depois dessa denúncia de quarta, na qual ele é flagrado cometendo crimes de suborno, de responsabilidade, o que se vê é que isso repercutiu fortemente na sociedade”, afirmou Bezerra.
“Ao mesmo tempo isso está repercutindo no Senado, tanto que o governo está desesperado, tentando se manter no palácio a todo custo, e a saída é a gente intensificar a mobilização popular, não deixando que aconteça um novo golpe dentro do golpe, que seria as eleições indiretas por esse parlamento como ele está”, complementa a senadora.
“Por isso, a bancada do PT junto com demais partidos de oposição, sobretudo em sintonia com a mobilização popular, temos que jogar todas as energias nas ruas. O único caminho para responder não é só o Fora Temer, é as Diretas Já, para pôr fim às reformas”, concluiu Fátima Bezerra.
A senadora Regina Sousa (PT-PI) também defende que “só quem o povo escolher poderá colocar o país nos trilhos”. Para ela, “Temer não tem mais condições de seguir a frente, ele deveria sair, mas ele não tem honestidade para renunciar”.
“Se tiver bom senso no Congresso irão aprovar uma PEC “, afirma Sousa sobre as eleições diretas. Ela acrescentou que “o povo não vai aceitar um presidente eleito por esse Congresso onde quase todo mundo é réu”. “Não tem saída que não seja eleições diretas, só uma pessoa escolhida pelo voto ará estabilidade para esse país”.
Para deputada Maria do Rosário (PT-RS),só há uma saída: “Temer tem que deixar o governo imediatamente”. “O único caminho par a retomada da confiança política é com voto popular, com a democracia. Não se pode aceitar que um congresso, também marcado tão negativamente aos olhos da população, escolha um presidente para o Brasil”, disse.
Rosário avalia que a crise política e institucional corrói a confiança do cidadão brasileiro nas instituições. “Principalmente porque a elite dentro do Palácio do Planalto tentava impor a reforma trabalhista e previdenciária para os pobres, enquanto vivia uma relação de promiscuidade com poder econômico”.
A deputada reforça a importância de participação popular como forma de resolver os graves problemas do Brasil. “Nesta participação nós devemos fazer um alerta para que o Brasil volte para o rumo da democracia. O golpismo não deu certo, nós sabemos que a direita está à espreita e ela tem que ser derrotada junto com o golpismo”.
O deputado paulista Paulo Teixeira (PT) também diz acreditar que somente as ruas poderão garantir eleições diretas e o fim das reformas de Temer. “É fundamental a participação do povo na ruas”.
Assim como avaliação do presidente nacional do PT, Rui Falcão, Teixeira diz que “o governo Temer acabou”. “Essas denúncias são gravíssimas, apontam prática de crimes com provas robustas. Não há mais como sobreviver o governo Temer. Ele apenas vai adiar sua saída, seja pela renúncia, impeachment ou processo no TSE”.
Teixeira acrescenta que os golpistas querem “ter foro privilegiado e organizar a sucessão, isso segurou PSDB no governo”. “Vamos tentar aprovar a admissibilidade da PEC das eleições diretas na terça-feira (23). O impeachment já está proposto”.
Da Redação da Agência PT de notícias