Hoje fomos, Denise Dau, Vivian Mendes, Débora Pereira, Juliana Cardoso e eu visitar a companheira Ednalva na penitenciária de Santana.
Vários filmes passaram em minha cabeça , lembrando dos quase 3 anos que fiquei presa durante a Ditadura de 64. Ednalva estava serena, determinada , viscerando Coragem e Inocência.
Chorou ao contar que no ato brutal da prisão, lhe foi tirado seu filho de 14 anos. Peguei fortemente em sua mão e contei: minha companheira, eu sei o tamanho de sua dor, pois já a senti quando tinha 26 anos e no ato brutal de minha prisão em 1971 arrancaram de meus braços, minha filha de 1 ano e 10 meses, a Maria.
Essa dor não acaba, se transforma, resignifica ao longo do tempo. Se transforma em força para lutarmos pelos direitos humanos das mulheres e de todo o povo brasileiro.
Hoje sai de lá com mais força e mais certeza que estou do lado certo da História
Liberdade para Ednalva
Lula livre
Nenhuma mulher a menos
Eleonora Menicucci, ex-ministra de Política para Mulheres do governo Dilma