A Amazônia atingiu novo recorde de desmatamento, fruto de mais um retrocesso do desgoverno de Bolsonaro, que expõe ainda mais o país perante o mundo.
Somente nas três primeiras semanas de janeiro deste ano, a maior floresta tropical do planeta perdeu 360 km² de área, a maior desde 2015 – equivalente ao tamanho da Bélgica.
Os dados preliminares são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados nesta quarta-feira, 2.
Em ritmo cada vez mais acelerado, o desmatamento na Amazônia cresceu 56,6% nos últimos três anos. Entre agosto de 2018 e julho de 2021, a perda de vegetação nativa foi de 32.740 km² contra 20.911 km² no mesmo período de 2015 a 2018.
De acordo com a pesquisa, a devastação começou a acelerar no segundo semestre de 2018, como consequência do discurso de campanha de Jair Bolsonaro, favorável ao desmonte da política ambiental existente, à expansão do garimpo e ao enfraquecimento da legislação brasileira.
Para o secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores (SMAD/PT), Penildon Silva, o novo recorde é resultado de um projeto de destruição de Bolsonaro dos instrumentos legais para garantir a preservação do meio ambiente.
“O novo recorde é um produto de uma política deliberada de destruição do Ibama, do ICMBio e de todos os instrumentos do Ministério do Meio Ambiente para garantir a preservação ambiental, previstos em lei. É um desmonte, um desrespeito à legislação e irresponsabilidade com o futuro”.
A SMAD expressa seu veemente protesto contra o descaso governamental na política de meio ambiente, que provocou novamente um desmatamento inédito na Amazônia. Leia a nota oficial, aqui.
Veja, na íntegra, o posicionamento de Penildon sobre a devastação da Amazônia.
Retrocessos e nova dinâmica de devastação
Em matéria publicado pelo Brasil de Fato, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) defende uma nova dinâmica de devastação da Amazônia por parte de Bolsonaro.
Segundo a orientação governista, a “inovação” consiste na junção de fatores como o enfraquecimento da fiscalização, anistia a crimes ambientais e dtramitações e aprovações de retrocessos legislativos.
O resultado é o que chamam de “Amacro”, um universo alvo da destruição que envolve 32 municípios da região entre o Amazonas, Acre e Rondônia.
Terras públicas e indígenas como alvos
Consideradas áreas mais vulneráveis, sem fiscalização ou monitoramento, de acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), metade do reflorestamento ocorreu em terras públicas, sendo a maior pertencente à União (83%).
O cálculo do Ipam também constatou que entre a área desmatada e tamanho do território, as Terras Indígenas são as mais afetadas, com alta de 153% de devastação nos últimos três anos. Nas Unidades de Conservação, o crescimento foi de 63,7%.
Da Redação, com informações do Brasil de Fato