Gays, lésbicas, travestis e transexuais foram homenageadas na Assembleia Legislativa de São Paulo no dia do orgulho gay, 28 de junho. “Queremos reafirmar o nosso compromisso com a luta de vocês. Nós não podemos aceitar esse ódio, essa falta de respeito com a diversidade. A luta de vocês é nossa luta”, afirmou a deputada estadual Marcia Lia (PT).
O ato solene foi organizado por cinco deputados. Além de Marcia Lia, Zico Prado (PT) também ajudou a promover o evento. “Nós estamos nesta luta para construir uma sociedade sem preconceitos, esse é o nosso papel”, disse ele. O deputado também lembrou da importância de se combater a violência homofóbica, que fez 343 vítimas em 2016.
Na plateia, Jacques Chanel, 52, afirmou da importância de se dar visibilidade a essa causa. Chanel coordena uma ONG para atender travestis e transexuais em situação de rua, o projeto Seforas. Para ela, ainda falta muito o que conquistar, mas aos poucos, vai se conseguindo “uma coisinha ou outra”.
Julian Rodrigues, da coordenação nacional movimento direitos humanos, reforçou a importância do orgulho gay, para que nenhum gay, lésbica ou trans tenha que se esconder. Rodrigues, que foi coordenador do setorial LGBT do PT, afirma que o partido foi o primeiro a incluir a pauta no seu estatuto e discursos.
Rodrigues também participou do programa de governo do ex-presidente Lula, justamente na questão LGBT, e ressaltou que o governo Lula foi um grande paradigma na implantação de políticas públicas para a população LGBT. Ele lembrou de programas como o Brasil Sem Homofobia, e a 1ª Conferência Nacional LGBT – aberta pelo então presidente Lula.
Já na prefeitura do ex-prefeito Fernando Haddad, Rodrigues afirma ter participado do que foi o maior programa LGBT de uma prefeitura. Programas como o Transcidadania, por exemplo, foram marcantes para a inclusão dessa população.
Homenageada no evento, a presidenta da Apeoesp (Sindicato das professoras e professores do Estado de São Paulo), Bebel Noronha, afirmou que vivemos um momento de avanço do conservadorismo no Brasil. “A luta sindical é uma luta de classes. Mas e as minorias, onde se inserem? Começamos a pautar isso dentro do movimento também”, diz ela.
“Esse ato é super importante, todas as vezes que nós paramos para discutir porque nos leva a pensar políticas públicas para atender essas pessoas”, afirmou a deputada Beth Sahão (PT).
Da Redação da Agência PT de Notícias