A conta de três anos e meio de desmonte do Estado, negligência deliberada com a saúde e o bem-estar do povo, afrontas à democracia e toda sorte de perversidades chegou para Jair Bolsonaro. Apesar do pacote eleitoreiro bilionário, a desaprovação ao desgoverno Bolsonaro subiu cinco pontos em dois meses na pesquisa PoderData.
Entre os 3,5 mil entrevistados por celulares e telefones fixos de 31 de julho a 2 de agosto, 57% reprovam e 39% aprovam a “gestão” Bolsonaro. Os números variaram dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais da pesquisa.
Na rodada realizada de 5 a 7 de junho, o desgoverno Bolsonaro era desaprovado por 52% e aprovado por 37% do eleitorado brasileiro. Na sondagem promovida de 17 a 19 de julho, a aprovação estava em 41% e a desaprovação, em 55%.
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Hoje, o trabalho de Bolsonaro é “ruim” ou “péssimo” para 49% dos eleitores, enquanto os habituais 30% consideram “bom” ou “ótimo” o desempenho do chefe do Executivo. A diferença entre as taxas ruim/péssimo e ótimo/bom chegou no ponto máximo na rodada de 22 a 24 de novembro de 2021, quando estava em 35 p.p.
As mulheres (61%) continuam sendo as que mais desaprovam o desgoverno Bolsonaro. No quesito escolaridade, a aprovação é mais baixa (36%) entre quem cursou até o ensino fundamental. Enquanto os moradores do Centro-Oeste são os que mais aprovam a “gestão” de Bolsonaro (57%), o Nordeste mantém a taxa de aprovação mais baixa (28%).
No recorte religioso, a taxa de aprovação do desgoverno Bolsonaro entre os evangélicos cresceu 12 pontos percentuais desde a última rodada, para 61%, e 33% o desaprovam. Entre os católicos, a desaprovação oscilou para 63%. Os que aprovam são 34%.
Entre os beneficiários do Auxílio Brasil, 65% das pessoas que receberam alguma parcela no último mês desaprovam o desgoverno Bolsonaro. Há 15 dias, a taxa estava em 55%. Apenas 32% aprovam a “gestão”.
Entre os que dizem não ter recebido alguma parcela do benefício no mês anterior da pesquisa, a taxa de reprovação é 58%, enquanto a de aprovação é de 39%. No estrato geral dessa população, o índice de desaprovação é 57%. Outros 39% aprovam o governo Bolsonaro.
Esta rodada é a última antes do início do pagamento de cinco parcelas do R$ 600 do Auxílio Brasil, até dezembro. “O novo valor, aprovado a menos de 90 dias das eleições, é uma estratégia do governo para ganhar votos em outubro”, aponta análise do site Poder 360. “Bolsonaro tenta se aproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a corrida eleitoral com 43% das intenções de voto no 1º turno. O atual chefe do Executivo tem 35%”, lembra a reportagem.
Lula segue como o pré-candidato menos rejeitado na pesquisa PoderData dentre os nomes mais cotados para a sucessão presidencial (37%). Bolsonaro tem rejeição de metade (50%) dos brasileiros e brasileiras. O levantamento mostrou ainda que Lula manteve 43% das intenções de voto para presidente no 1º turno e Bolsonaro, 35%, oscilando em 2 p.p. para baixo.
Da Redação, com informações do site Poder 360