As consequências da privatização da Eletrobrás começaram a pesar no bolso dos brasileiros e brasileiras. A partir desta segunda-feira, 4, a conta de luz tem aumento de 12,04% para o estado de São Paulo. Anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o reajuste é de 18,03% para alta tensão e 10,15% para baixa tensão.
A colheita dos maus frutos gerados pelo desgoverno de Bolsonaro foi prevista por especialistas, que alertaram uma explosão tarifária. Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), estima-se que a privatização poderá levar a aumentos de até 25% na conta de luz, tanto para as residências familiares quanto para os grandes consumidores do comércio e indústria.
O governo federal insiste em afirmar para o povo que a privatização resultará em benefícios para a população e que, inclusive, pode reduzir a conta de luz dos consumidores residenciais, uma vez que tornará o setor mais competitivo. A estimativa do Ministério de Minas e Energia era de uma redução de 7,36% na tarifa. O que aconteceu foi justamente o contrário. São Paulo abre os caminhos com 12% de aumento.
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou um projeto de decreto legislativo para impedir o aumento da tarifa. Mesmo assim, o reajuste foi realizado.
Bandeiras tarifárias
Criado no governo de Dilma Rousseff, em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo de geração de energia.
A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas.
A bandeira amarela é acionada quando as condições para geração de energia são menos favoráveis, mas ainda não há o custo extra de acionamento das térmicas.
E as bandeiras vermelhas entram em vigor quando os reservatórios das usinas hidrelétricas ficam baixos e é preciso acionar várias usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia.
O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo aumenta e permitir que eles reduzam o consumo para evitar pagar uma conta de luz mais cara.
Da Redação, com informações do G1