A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), comemorou a conquista da inclusão de profissionais da educação entre os grupos prioritários para imunização contra a Covid-19 no Brasil. Esta era uma reinvindicação que a também professora e pedagoga defendia desde o fim do ano passado.
Fátima anunciou e comemorou a conquista em suas redes sociais assim que a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), instância do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovou na tarde ontem, 27, a inclusão dos profissionais da área no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI).
“Valeu o sonho, valeu a luta. O início da vacinação já está previsto para a próxima remessa das vacinas a serem entregues aos Estados. Porque a cada remessa de vacina, a partir de agora, será destinada uma quantidade para a gente vacinar os trabalhadores em educação”, afirmou Fátima Bezerra, que é a liderança da Educação do Fórum de Governadores. “É preciso antecipar a vacinação do porteiro ao professor, da rede pública e privada.”
A partir da chegada nos próximos dias de lote de vacinação, um percentual será destinado para que sejam imunizados os trabalhadores da educação que incluem ensino básico, creche, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizante, EJA (Educação de Jovens e Adultos) e trabalhadores da educação do ensino superior das redes públicas e privadas.
O Plano Nacional de Imunização estima que, juntos, os grupos prioritários somam o total de 77,2 milhões de pessoas. Só os profissionais da educação representam cerca de 3,4 milhões de trabalhadores, de acordo com informações de o Estadão.
Segundo a governadora, a medida foi confirmada após reunião da comissão pela coordenadora Nacional do PNI, Franciele Fantinato, e pelo secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
A inclusão destes profissionais no grupo prioritário de imunização é resultado da pressão do Fórum Nacional de Governadores e de movimentos sociais e só se faz necessária porque Bolsonaro boicotou a oferta de 100 milhões de doses de vacinas, como confirmou ontem, 27, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
A vitória é ainda mais significativa porque vem depois que o desgoverno de Bolsonaro adiou por diversas vezes o atraso da vacinação de grupos prioritários.
Além dos profissionais da educação, estão inclusos nessa categoria de prioritários, ainda não atendidos em 100%, pessoas com comorbidades, gestantes, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e população em situação de rua e carcerária.
Bolsonaro insiste em atacar estados
Ao saber da tentativa de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentar barrar que governadores e prefeitos decretem toque de recolher, Fátima Bezerra afirmou que ninguém tem sossego para combater o vírus da Covid-19.
“A gente estava celebrando essa conquista grande que foi a inclusão dos trabalhadores da educação no grupo prioritário da vacinação, parecia uma luz no fim do túnel, e aí vem uma notícia dessas”, disse a governadora.
Na reunião de ontem, 27, a Comissão Intergestores Tripartite também definiu a adoção de um modelo híbrido de imunização de grupos prioritários. A partir de agora, será simultânea a imunização de pessoas com comorbidades e faixas etárias.
Da Redação