O cerco está se fechando para Flávio Bolsonaro. Ainda sem oferecer qualquer explicação plausível sobre as denúncias que recaem sobre seu ex-assessor Fabrício Queiroz, o senador volta a ser alvo da Justiça ao ver seu nome envolvido em suposta falsificação de documento para fins eleitorais – fato que sugere, segundo as investigações, possível lavagem de dinheiro.
A acusação, publicada pelo Jornal O Globo nesta quarta (6), veio à tona após a Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, receber um inquérito da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. Para variar, o parlamentar saiu pela tangente ao tentar desmoralizar os órgãos de investigação – que antes defendia com unhas e dentes – e dizer apenas que o objetivo do inquérito é provocar “desgaste político”.
O suposto crime está na mira da Justiça desde março de 2018 na PRE-RJ (Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) quando surgiram indícios de que o filho do presidente declarou imóveis comprados por meio de “negociações relâmpago” ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com valores supostamente abaixo do real.
No inquérito, há ainda a citação de que as negociações teriam resultado em aumento do patrimônio do atual senador, o que, de acordo com a Polícia Federal, pode ser um indício de lavagem de dinheiro.
Foro privilegiado
Com o recebimento do inquérito, a PGR irá analisar se o caso permanece no Rio de Janeiro ou se passa a tramitar no TSE. De acordo com informações do Estadão, a expectativa é que seja utilizada a nova interpretação do Supremo Tribunal Federal, que restringiu o foro apenas a crimes praticados durante o mandato.
Em janeiro do ano passado, outra denúncia apontava que o senador eleito realizou 19 operações envolvendo imóveis na zona sul do Rio de Janeiro e na Barra da Tijuca. Em um dos casos, o filho mais velho do presidente declarou à Justiça Eleitoral, em 2016, que o valor era de R$ 846 mil. Na escritura, no entanto, o valor registrado foi de R$ 1,7 milhão.
Da Redação da Agência PT de Notícias