Antes dos encontros municipais encaminhei um texto aos militantes do Partido pedindo esforço na mobilização para a realização dos mesmos.
O esforço dos dirigentes e da militância fez acontecer um PED plenamente vitorioso no comparecimento de quase 300 mil filiados ao PT para exercerem o seu voto. E diante do momento grave que nós estamos vivendo – ante as perseguições da elite e da polícia em relação aos petistas e ao partido – conseguimos realizar os encontros municipais em quase quatro mil municípios.
O resultado é a prova cabal de um partido que tem as suas raízes fincadas em um projeto histórico de ação e de luta nos movimentos social e sindical e nas comunidades.
Mas o jogo está só começando. Temos que ter a grandeza e deixar exigências pontuais de lado, pensar no Brasil que passa por um momento extremamente difícil e preservar a unidade da corrente CNB no partido, porque ela é a principal ferramenta para a assegurar e legitimar a democracia interna do PT.
A prioridade é discutir política, propor ações para dar ao conjunto do partido condições de avançar, sobretudo na preparação das eleições gerais de 2018.
Quero chamar a atenção dos integrantes da CNB para que façam uma profunda reflexão e trabalhem a unidade de suas direções, delegados e filiados na escolha das direções estaduais e da direção nacional. É bom lembrar que o registro dos delegados e delegadas para participar das escolhas de direções estaduais e nacional termina no próximo dia 20 de abril.
Todo o cuidado é pouco. Peço aos dirigentes e delegados/as da CNB que se apressem em resolver pendências políticas que ficaram dos encontros municipais, para que a Secretaria Nacional de Organização possa concluir rapidamente os seus trabalhos.
A princípio, os acordos políticos internos para a formação de direções, aonde tiver mais de uma linha de pensamento, devem se dar em torno das CNB´s estaduais. Depois devemos avançar para correntes que sempre tiveram maior aproximação conosco. Isto não quer dizer que não devemos conversar e procurar acordo com as demais frentes, pelo contrário, devemos sim, desde que esses acordos estejam pautados em princípios gerais nacionais, e não em visões mesquinhas que priorizem exclusivamente os seus projetos individuais ou de grupos locais, tanto internamente quanto externamente, em disputas eleitorais e especialmente sobre troca de delegados. Para nós isto não é acordo, é acerto. Já vimos este filme e ele não deu certo.
No documento anterior, chamei a atenção dos/as dirigentes e militantes da CNB para fazer uma fiscalização firme, procurar não errar para não dar munição àqueles que historicamente em todos os PED´s tentam ganhar no tapetão, se utilizando de usinas de recursos. Lembrem-se que o momento é grave e exige paciência, tolerância e tomada de decisões firmes. O mundo externo tenta nos eliminar.
Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Bons encontros, companheiros e companheiras da CNB.
Um abraço!
VIVA A LUTA!
Por Francisco Rocha da Silva, Rochinha, Coordenador Nacional da CNB; Florisvaldo Raimundo de Souza,
Secretário Nacional de Organização/PT e coordenador da CNB; João Paulo Farina, Secretário Nacional de Juventude e coordenador da CNB, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.