A atuação política do presidente do Banco Central, que, semana após semana, vai atingindo novos patamares de sabotagem ao país, é destaque da nova edição da Focus Brasil, de número 148. A figura de Roberto Campos Neto é retratada na capa da publicação editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA), com a manchete “O boicotador da economia”.
“Após alta nos juros, presidente do Banco Central joga contra e valida alta do dólar, o maior patamar em dois anos e meio; presidente Lula reage e volta a fazer críticas”, noticia a Focus. “Uma pergunta se faz premente: afinal, o Banco Central é mesmo independente?”.
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“A pressão constante do mercado financeiro parece influenciar de forma desproporcional as decisões de política monetária, em detrimento das necessidades do desenvolvimento econômico nacional”, alerta a reportagem. “Um exemplo claro dessa influência é a resistência em reduzir as taxas de juros, mesmo quando há sinais claros de que a inflação está sob controle e que a economia necessita de estímulos para crescer”.
Ainda sobre a sabotagem de Neto, o jornalista Luís Nassif afirma que o bolsonarista executa um ataque especulativo ao Real, o que exige cautela do presidente Lula. “Nos últimos dias instaurou-se uma corrida contra o Real. É uma corrida sem fundamentos”, reflete o articulista. “O que significa que poderá ser revertida em um ponto qualquer do futuro, quando parte do mercado entender que a desvalorização tanto do Real quanto das ações foi excessiva”.
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“É hora de Lula se dar conta desse jogo e não fornecer mais álibi para as manobras do cartel. Especialmente porque, no segundo semestre, ao que tudo indica, o grande fantasma a ser enfrentado será o câmbio, mais que as taxas de juros”, adverte Nassif.
Na seção Carta ao leitor, o diretor da FPA Alberto Cantalice analisa o resultado das eleições na França, favorável numericamente ao campo da extrema direita. “Há que se destacar que a novidade das eleições foi a constituição em tempo recorde da aliança da esquerda e da centro-esquerda, agora agregada pelo centrismo macronista”, reflete Cantalice.
“A despeito do que diz a grande mídia, não foi a extrema direita a vencedora do pleito”, argumenta. “Esse novo polo republicano, mesmo com o grande desgaste enfrentado pelo neoliberalismo exacerbado de Macron, somou mais de 50% dos votos. Isso demonstra que as ideias das trevas, apesar de robustas, seguem minoritárias no país do iluminismo”.
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Da Redação