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Focus Brasil #95: o ataque do Telegram

Nova edição da Focus destaca a ofensiva do Telegram ao país. “Depois do Google desferir golpes contra o PL das Fake News, agora é a vez da empresa sediada em Dubai bombardear o Congresso Nacional”, diz a revista

Reprodução

Acesse a nova edição da Focus Brasil, de número 95

Já está disponível a nova edição da Focus Brasil, de número 95, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA). O tema da reportagem de capa é o mais recente ataque do Telegram à democracia brasileira, materializado na mensagem da plataforma contra o PL das Fake News, na semana passada, em uma clara tentativa de enquadrar o Congresso.

“A falta de escrúpulos das grandes empresas de tecnologia se escancara”, denuncia a Focus, em reportagem de capa. “Depois do Google se voltar contra a PL das Fake News, agora é a vez da big tech de Dubai desferir um golpe contra o Congresso. Mas a plataforma foi imediatamente enquadrada pelo STF. É chegada a hora de discutir a regulação das redes sociais e colocar limites”, destaca a revista.

No editorial assinado pelo diretor da FPA, Alberto Cantalice, os juros extorsivos do Banco Central são duramente criticados. “O baronato brasileiro, tendo à frente o presidente do BC, Roberto Campos Neto, é insensível ao panorama vivido pelas camadas populares”, condena Cantalice. “Não enxergam as ruas e avenidas do país cheias de miseráveis e pedintes. O pleno emprego, que é uma das missões do BC “independente”, é completamente ignorado pela atual gestão, que a despeito de conter a inflação garroteia a economia nacional asfixiando o desenvolvimento do país”, alerta o diretor.

Na entrevista da semana, o presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, detalha os planos para democratizar a comunicação pública. “Estabelecemos como prioridade consertar uma das coisas muito negativas feitas pelo Bolsonaro e pelo Temer, que foi juntar a comunicação pública com a comunicação governamental”, explica Doyle.

“Nós entendemos que separar, voltar a separação como uma reivindicação da sociedade civil, é uma reivindicação do próprio grupo de transição do governo Lula, do qual participei. Uma coisa é comunicação pública, outra coisa é a prestação de serviços ao governo”, esclarece.

Em artigo, o deputado federal e líder da bancada do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR) defende a aprovação do PL das Fake News. “Sem controle e responsabilização das plataformas pela difusão de mentiras e fake news, famílias continuarão a ser atingidas, ataques sórdidos a valores civilizatórios permanecerão, solapando a convivência entre as pessoas”, argumenta o deputado.

Para Dirceu, o projeto está “maduro” para ser votado. “Seguiremos defendendo uma regulação como as existentes em diversos países democráticos de todo mundo”.

Na cultura, a triste despedida de uma das maiores cantoras e compositoras do país, Rita Lee, em matéria assinada por Bia Abramo. Com uma capacidade enorme de comunicar e traduzir sentimentos de inadequação, da revolta juvenil difusa e do inconformismo naqueles anos duros e caretas da Ditadura, ela criou verdadeiros hinos — e aí há de se mencionar “Ovelha Negra”, “Mamãe Natureza”, “Esse Tal de Roque Enrow”, “Agora Só Falta Você”, canções cujas letras colaram como adesivos permanentes na sensibilidade de ouvintes”, compara Abramo.

Acessa a edição completa da Focus Brasil aqui.

Da Redação, com FPA