Faltando pouco para o fim das eleições, uma reportagem da Folha de S. Paulo mostra que Bolsonaro esconde os gastos de sua campanha. O levantamento mostra que a campanha do PSL ainda não informou detalhes de suas despesas no primeiro e segundo turno.
Não há, por exemplo, registro detalhados das viagens que Bolsonaro fez a pelo menos 16 cidades com sua equipe. Ele só declarou gastos a seis pessoas: dois auxiliares, coordenador financeiro, dois seguranças e a intérprete de libras. O TSE exige que todo trabalho de campanha, remunerado ao não, seja informado e divulgado na internet.
Também não há dados sobre as despesas dos dois comitês de campanha cedidos pelo PSL.
A Folha também chama atenção para a lista de gastos do Bolsonaro, bem mais enxuto que o de todos os outros candidatos à presidência. A campanha do PSL soma 27 itens, enquanto a do PT tem mais de 300 itens listados. O Partido Novo de João Amoêdo, por exemplo, que detalhou até a compra de suprimentos como papel higiênico, locação de máquina de café expresso e plástico bolha.
Patrimônio oculto
Não é só nas contas de campanha que Bolsonaro se omite. Ele também esconde a verdade sobre o próprio patrimônio. Um levantamento do jornal O Globo descobriu que o capitão aposentado deixou de declarar à Justiça Eleitoral duas casas avaliadas em 2,6 milhões de reais.
Em 2006, quando foi candidato à reeleição para deputado, Bolsonaro informou à Justiça Eleitoral que seu patrimônio era de de R$ 434 mil. NOVE vezes menos que os quase quatro milhões de reais que constam no processo de separação de sua segunda esposa, Ana Cristina Valle, revelado pela revista Veja.
Da Redação Agência PT de Notícias, com informações de Folha de S. Paulo, O Globo e Veja.